segunda-feira, julho 15, 2013

Protestos oficiais

Foi um fiasco. Um dia de greve geral pelo Brasil. Esta foi a idéia da última semana. Este foi o artifício para tentar se apropriar das manifestações que tomaram as ruas do Brasil. O governo "protestava" contra o governo, ou os sindicatos pelegos e a parcela organizada e bem nutrida dos tais movimentos sociais mostravam que poderiam tornar-se porta voz dos indignados.

O episódio, gestado no coração do governo e idealizado por Lula, segundo corre nos bastidores, foi mais uma tentativa frustrada em se posicionar diante das manifestações. O primeiro passo foi a Constituinte exclusiva. Depois veio o Plebiscito. Na outra ponta tentou-se fechar via movimentos sociais. Três tentativas. Três fiascos. O governo parece carecer de estratégia e análise política eficiente.

O governo acredita que o fim das manifestações veio em função de sua agenda e do fato de ter movido o foco para ações diretas, como a iniciativa de reforma política. Nada disso. As manifestações cessaram porque o turismo cívico terminou e gigante algum tinha acordo de seu sono no berço esplêndido. Simples assim. Se tivesse, a simples descoberta de uso recreativo dos jatos oficiais pelos políticos já teria irritado o tal gigante de novo. Não fez nem cócegas.

Se as manifestações serviram para algo, certamente foi para abalar os números de Dilma frente ao governo. As pessoas mostraram que entenderam a volta da inflação. Ponto. E a culpada é Dilma. Ponto.  Gostariam de ver Lula de volta. Ponto. Marina empolga e Joaquim Barbosa tomou um incentivo para sonhar com a cadeira da "Presidenta". Ponto.

O curioso foi enxergar a falta de liderança dos petistas com os tais movimentos sociais. Isto não é um bom sinal para o partido. Este movimentos sempre foram a ponta de lança de suas ações "populares" e sempre responderam quando chamadas. Vimos na semana passada que não foi bem assim.

2014 está aí. Dilma deve colocar as barbas de molho ou chorar no colo de cantoras evangélicas, como ocorreu hoje. Sinais de desespero rodam o Planalto.  

Nenhum comentário: