domingo, março 09, 2014

A Cruzada de Palin

A conferência dos conservadores terminou no Dia Internacional da Mulher sob o comando de sua maior estrela: a ex-Governadora do Alaska, Sarah Palin. Oradora poderosa (vídeo ao lado) e agora uma líder influente nos destinos do partido, ela pode fazer a diferença nas primárias republicanas. Sarah não deve sair candidata, mas terá influência no processo. Ela defende a estratégia de candidaturas de republicanos conservadores como instrumento efetivo de chegada ao poder.

A ex-Governadora do Alaska vai além. Ela busca virar o partido republicano para o lado conservador em todos os estados possíveis. Sua cruzada hoje é no sentido de derrubar senadores moderados e substituí-los por candidatos verdadeiramente conservadores. Estão na sua mira, por exemplo, o líder no Senado, Mitch McConnell, do Kentucky, e Lindsay Graham, o experiente Senador da Carolina do Sul. Palin mobiliza a base e ajuda a levantar toneladas de fundos para os candidatos que apóia. Seu suporte pode determinar a vitória ou a derrota dentro do partido.

Os republicanos tem dois caminhos a seguir nas eleições presidenciais. Para vencer é preciso mobilizar a base e atingir as minorias. Se ambas estratégias forem completares, melhor ainda. Certos de que Hillary deve levar a indicação democrata, os republicanos mobilizam-se para responder. Entre os conservadores ouvi o nome da senadora Kelly Ayotte, de New Hampshire. Apesar de não possuir experiência administrativa, ela possui o trunfo de ter sido endossada em sua eleição por Sarah Palin e poderia compor uma chapa com outro nome do partido.

Mas se os republicanos desejam arrancar a vitória de verdade, o nome para compor uma chapa nacional é o da Governadora do Nova México, Susana Martinez. A primeira mulher hispânica a governar um Estado possui todas as credenciais da senadora Ayotte e vai além, pois tem experiência executiva e resgata o voto hipânico. Como se não fosse o suficiente, recebeu em 2010 o apoio explícito de Sarah Palin na corrida para o governo. É feita sob medida para ajudar a vencer a eleição de 2016.

Portanto, se a opção dos republicanos é buscar uma mulher para compor a chapa presidencial, não há dúvida, isto passará pelo apoio e a influência de Sarah Palin. Ela transbordava confiança nesta conferência. Seu projeto é maior do que 2016 ou 2014. Ela está ali para o longo prazo, para reorganizar o partido, o que não quer dizer que sua estratégia não passe por cada pequeno processo decisório interno. Durante uma conferência que começou com Ted Cruz e terminou com Sarah Palin, existe uma certeza: os conservadores desta vez vem para vencer, e sua primeira cruzada é dentro do partido.

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