terça-feira, outubro 14, 2014

Conta Gotas

Aécio largou melhor para o segundo turno. Isto é um fato. Costurou suas alianças de forma eficiente e objetiva. Na medida que foram fechadas foram anunciadas. O apoio mais esperado, de Marina Silva, veio por último, como que para coroar uma semana praticamente perfeita.

É assim que se faz política, ajustando-se o timing e pensando em cada movimento para manter o "momento" do candidato o maior tempo possível. No caso de Aécio, começou-se pelos apoios de Eduardo Jorge e Pastor Everaldo. Logo depois veio o apoio do PSB, mesmo diante da contrariedade de seu Presidente, Roberto Amaral. O partido decidiu marchar unido para a candidatura de Aécio.

Mas o ápice da semana foi já em seu final. Depois de ocupar o tempo e o espaço somente com apoios e boas notícias, veio a chancela formal da família de Eduardo Campos, que durante ato no Recife proferiu seu apoio ao tucano. Tudo indica que Eduardo e Aécio, muito próximos, já haviam costurado algum tipo de acordo para o segundo turno. A família honrou o desejo e a amizade de Campos com Aécio e sacramentou seu apoio diante da leitura de uma carta escrita pela viúva, Renata, e lida por seu filho. Junto, veio a fundamental chancela também do governador eleito de Pernambuco, detentor de 3 milhões votos, Paulo Câmara.

Para coroar uma semana perfeita, Marina resolver aderir. Diante de uma carta de Aécio que assume em parte os compromissos solicitados pela candidata, a líder da Rede da Sustentabilidade decidiu levar seu apoio para Aécio. Apesar de muitos chamarem o apoio de Marina de irrelevante, pois 2 em cada 3 de seus eleitores teriam ido para o tucano, sua chancela é o que importa, pois consolida votos que poderiam ainda talvez migrar para a outra candidatura.

Enfim, os apoios, em conta gotas, deixaram Aécio ocupar a mídia durante toda a semana de forma positiva, dominar o cenário e construir uma grande frente anti-PT. Se conseguir vender bem esta idéia em seus programas, tem grande chance de chegar lá.

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