Seus programas são os mesmos que os tucanos vem produzindo em várias eleições. Alckmin mais uma vez acredita estar concorrendo a um novo mandato para governar São Paulo. Não explora a emoção, sem atingir diretamente o eleitor. Uma estratégia que funcionou várias vezes em seu estado, mas deixou a desejar sempre que os tucanos enfrentaram adversários de peso no ringue nacional.
Os ataques na direção de Bolsonaro erraram o tom. Tentam desconstruir a imagem em diferentes peças. O resultado, porém, é duvidoso. Entre seus apoiadores, Alckmin "lacrou", mas na frente que realmente importa, que seria atingir os eleitores de Bolsonaro, o resultado pode ser o oposto. Na peça que se inspira em uma campanha inglesa sobre desarmamento, os tucanos falam para si mesmos, longe de converter qualquer voto. Atacam o oponente com seu próprio discurso, seu maior trunfo. Como peça de propaganda, pode até ganhar prêmios, mas como instrumento de campanha, é de efetividade duvidosa. Leva o debate para o terreno de seu oponente.
Entretanto é na segunda peça que Alckmin realmente perde a mão. A edição de vídeos da maneira que foi realizada, mais uma vez "lacra" na sua base, mas gera revolta no voto consolidado do oponente. O tucano já é o candidato com maior rejeição e este tipo de comercial somente faz com que esta realidade se consolide nos votos que hoje está buscando.
Repito que esta campanha é diferente das anteriores, fechando um ciclo de três décadas da política brasileira. Aqueles que seguirem a cartilha tradicional, estarão em descompasso com o desejo do eleitor. Uma eleição particular, como a que estamos vivendo, precisa de estratégias novas e diálogo direto com o eleitor. Tudo que falta na campanha do tucano.
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