terça-feira, setembro 28, 2010

Refluxo para Dilma

As pesquisam mostram que Dilma caiu de forma consistente, ou seja, em várias classes sociais e regiões. Chegou ao limite da vantagem para vencer no primeiro turno. Também fica claro que Marina cresce, também de forma consistente.

Será difícil para Marina chegar ao segundo turno. Sua chance está apenas na possibilidade de um movimento ascendente que retire, além dos votos da parte conservadora que apóia Dilma, como os evangélicos, votos também de José Serra. Uma espécie de voto útil que lhe catapulte para um segundo turno. Casos assim foram vistos no Rio Grande do Sul, que levou Rigotto ao segundo turno em 2002 e Yeda para a segunda etapa de 2006. Ambos venceram no segundo turno. Rigotto levou votos de Britto e Yeda do próprio Rigotto.

A onda, ou ainda uma espécie de marolinha, está a serviço de Marina. Vem na hora certa, mas com pouca intensidade. Precisa se alinhar com consistência até o dia da eleição. Para isso, o debate na Rede Globo será fundamental. Mas vejam, muitos prefeitos e líderes nacionais do PMDB "marinaram" e a candidata do PT evita o confronto com a candidata do PV. A cautela na campanha petista, depois de já estar discutindo cargos em um futuro governo, é lembrada a todo o momento.

Entretanto, a tendência é de segundo turno, pois Dilma desce de forma consistente e como disse aqui, em face de uma série de fatores, para vencer no domingo, ela precisa chegar com uma vantagem confortável, pois seu eleitorado tende a se atrapalhar com a urna eletrônica e precisa levar dois documentos para votar. A tendência, por mais que alguns institutos possam apontar em sentido contrário, é clara de um segundo turno. A pergunta é se Marina terá fôlego para transformar os votos de Serra em votos úteis a seu favor. Se mostrar que pode vencer Dilma, terá chances.

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