terça-feira, maio 28, 2013

Lobo Francês

Lobos solitários que geram uma escalada de terror em seqüência. Primeiro os irmãos Tsarnaev em Boston, depois o ataque ao soldado em Londres e agora, logo depois, um novo ataque a um soldado, desta vez em Paris. O fio condutor é o mesmo: radicalismo islâmico.

A França, dentre todos os países citados, é o mais vulnerável. Com uma população muçulmana estimada entre 5 e 6 milhões de pessoas, na sua maioria dependentes da ajuda do Estado, existe um barril de pólvora que pode entrar em combustão a qualquer momento. O ataque em La Défense é apenas mais um capítulo de uma história que começa a se tornar perigosa.

O perigo vem no sentindo de que cada um destes ataques motiva o próximo. Nenhum deles é altamente planejado ou possui por trás a estrutura de uma organização terrorista. Geralmente é operada por jovens, convertidos ao radicalismo islâmico já adultos e reféns da crença de que podem se tornar mártires apenas empunhando uma faca, revólver ou panela de pressão cheia de pregos e explosivos.

A França mexeu em um vespeiro quando passou a combater militantes da Al Qaeda no Mali. O problema é meter-se em um conflito deste tipo quando existem 6 milhões de muçulmanos em casa, muitos deles radicais e detentores de passaportes franceses, com livre circulação por toda Europa. A vulnerabilidade francesa torna-se também uma vulnerabilidade para todos os vizinhos europeus.

No momento, o que radicalismo islâmico precisa, a França tem a oferecer: Um Estado que combate a Al-Qaeda e imigrantes muçulmanos vivendo em guetos dependendo do Estado com passaportes franceses. O elemento detonador, ou seja, uma garagem usada como mesquita de pregação radical é o combustível necessário para esses tristes tipos de ataques que temos visto.


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