Não demorou muito para a tropa de choque pró-Sarney colocar sua estratégia em curso. Renan Calheiros assumiu a frente do grupo e apresentou representação contra o líder do PSDB, Arthur Virgílio, que é um dos mais ferrenhos críticos do presidente Lula e desde o início tem defendido a saída de Sarney.
A estratégia visa intimidar a oposição a Sarney atacando seu mais ferrenho líder de forma calculada. Vale lembrar que o grupo pró-Sarney mantém o controle do Conselho de Ética - e agora ameaça Virgílio com a cassação de mandato.
O clima de confronto foi instalado. Renan e Tasso Jereissati trocaram acusações que chegaram ao limite da quebra de decoro.
Depois de tudo, o politicamente correto Cristóvam Buarque leu um manifesto dos líderes do PDT, PSDB, PSOL e DEM pedindo o afastamento de Sarney.
Aloízio Mercadante, líder do PT, e Antônio Carlos Valladares, líder do PSB, não assinaram a carta. Mantém distância regulamentar. Jogam, como já disse, nos dois times.
Assim, enquanto PSDB e PMDB trocam farpas e acusações, o governo assiste de camarote o desgaste da oposição e dos aliados indesejados de ocasião. Nada mais saboroso para o Planalto.
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