segunda-feira, abril 29, 2013

Aécio e Eduardo

Prestem atenção nesta foto. Nela pode estar o futuro da política brasileira. Certamente é um caminho que continuará pelo lado esquerdo da política, mas de alguma forma pode representar um período pós-petismo.

A política brasileira é conduzida muito mais por uma confluência de interesses do que por convicções políticas ou posicionamentos doutrinários. Se o PT souber acomodar aliados, repartir poder e verbas públicas, tem grande chance de continuar a dominar a política nacional. Do contrário pode ver seu poder ruir.

A hegemonia petista consolidou-se de tal forma que mudou a geografia política partidária do Brasil. Os efeitos mais claros foram a adesão do PMDB, praticamente sumiço do DEM, surgimento do PSD e o enxugamento do PSDB. Ganharam os partidos pequenos, o PSD e PMDB, destino dos parlamentares  que tentaram sobreviver a pressão petista.

Com uma oposição inexistente, o natural seria que a opção pós-petismo saísse dos quadros governistas. Veio do PSB, que cresceu, aproximou-se do empresariado e até agora jogou nos dois campos.

Mas interessante mesmo seria ver estes dois juntos. Aécio e Eduardo juntos poderiam vencer o PT. Na geografia eleitoral ambos atacam o eleitorado petista de frente nos bastiões que garantem a vitória presidencial petista: Nordeste e Minas Gerais.

Considerando-se que o Sul, Centro-Oeste e São Paulo são terrenos de resistência ao petismo (que sempre garantiu sua vitória no binômio Norte/Nordeste + Minas), Aécio e Eduardo quebram a estrela vermelha em seu principal vértice eleitoral.

Mas tudo depende ainda de interesses e acomodações, que não tardarão a bater na porta da dupla quando entenderem seu potencial de fogo.

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