A eleição de François Hollande é apenas mais um capítulo triste desta história. Sarkozy tentou reformar o sistema, mas logo entendeu que a acomodação de interesses é muito maior do que a força política de um Presidente. Foi mandatário de um termo. Os franceses ceifaram seu governo ao meio, assim como a possibilidade de reformar o sistema. Mais do que isso, os eleitores levaram para seu lugar um homem claramente disposto a aumentar ainda mais o sistema que mata a França aos poucos.
Os decepcionantes resultados econômicos não demoraram a aparecer. A França vive uma crise sem precedentes. Não faltam analistas apostando em Paris como a bola da vez na Europa, ao invés de Roma ou Madri. Enquanto na Espanha e Itália reformas necessárias são realizadas, na França o sistema somente se alarga, sem controle, o que poderá levar a implosão do Euro e como consequência, da União Européia.
Na França já são mais de 3,2 milhões de desempregados. Um recorde sem precedentes. Dependendo dos cálculos utilizados, o número pode chegar a alarmantes 4,7 milhões. No Brasil, por exemplo, cálculos artificiais jogam o desemprego abaixo dos 5%, mas se aplicarmos os mesmos cálculos da Europa e Estados Unidos, o desemprego no Brasil situa-se na faixa de 20%. Por certo, com 5% de desemprego, não haveria violência, o que evidencia a manipulação dos dados.
Enquanto isso, prestem atenção, a França, em pouco tempo, pode se tornar a bola da vez e neste momento, o Euro terá o seu grande teste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário