domingo, setembro 16, 2007

Alonso, o algoz do time de Woking

Alonso mais uma vez foi desleal, desta vez dentro da pista. O "empurrão" dado em Hamilton no começo da corrida deste domingo em Spa, na Bélgica, evidencia o caráter, ou a falta dele, do espanhol das Astúrias.

Mas como pergunta o jornal britânico The Times, o que você, caro leitor, faria se um empregado seu ameaçasse sua empresa com uma chantagem e gerasse uma multa de US$ 100 milhões? Bem, este é Alonso, que chantageou a equipe em Hungaroring, onde pessoalmente acompanhei a brilhante e perfeita vitória de Hamilton e o desencadear da crise. Em Budapeste, depois de prejudicar Hamilton nos treinos, o espanhol disse que contaria sobre os emails trocados com Pedro de la Rosa caso Ron Dennis não oferecesse preferência para o asturiano na equipe. Isto tem nome, se chama chantagem, Sr. Fernando Alonso. O curioso é que o próprio espanhol não foi punido exatamente por delatar a trama que o beneficiava diretamente e estava diretamente envolvido - o vazamento dos dados da Ferrari.

A Mclaren deu a Alonso o carro mais competitivo e rápido da temporada. Ele é o único dos quatro primeiros colocados no campeonato a somar pontos em todas as corridas - seu carro não quebrou sequer uma vez. Massa, por exemplo, teve um acerto sofrível em Hungaroring, que dava pena de ver, e em Monza recolheu seu carro aos boxes no começo da corrida. Alonso ainda recebe uma pequena fortuna para dirigir o carro de uma equipe legendária, pilotada por gênios como Alain Prost e Ayrton Senna. E o que a Mclaren ganhou em troca? Um comportamento infantil e temperamental de um menino que não sabe correr em desvantagem. Massa ou Räikkönen fariam o trabalho de Alonso muito melhor se estivessem dirigindo um Mclaren neste ano.

Alonso tem o patrocínio do banco espanhol Santander e isto, ao que tudo indica, segura sua posição na equipe esta temporada. Ano que vem, entretanto, a Mclaren quer vê-lo pelas costas, com razão. Já são cogitados os nomes de Nico Rosberg ou Jesson Button para seu lugar. Onde correria Alonso no ano que vem, já que se especula que ele tenha um pré-contrato com a Ferrari para 2009? A Renault seria uma opção e aí Nelsinho Piquet deve tomar cuidado, se realmente for confirmado como piloto - ser companheiro de equipe de alguém manhoso e sem caráter é difícil.

Resta saber se, depois de tudo que mostrou fora da pista, os italianos ainda vão querer o temperamental e difícil Alonso na escuderia em 2009. Se fosse Jean Todt, não correria esse risco.

E se uma vaga abrir na Mclaren, ao lado de Hamilton, porque não pensar em Massa? Um grande patrocinador brasileiro poderia ajudar, quem sabe um banco, como faz o Santander com Alonso? Afinal de contas, dinheiro é o que não falta aos bancos brasileros. Massa mereceria essa oportunidade.

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