sábado, setembro 15, 2007

Alemanha se opõe a imigração qualificada na Europa

Mais uma bola fora da Alemanha.

O vice-presidente da Comissão Européia, Franco Frattini, de forma inteligente apresentou em Lisboa uma proposta para aumentar imigração de mão-de-obra qualificada. A política é correta. As barreiras a imigração de pessoas qualificadas apenas serve de desestímulo aos bons imigrantes, que buscam outros países para se estabelecer, como Austrália e Canadá.

Atualmente a Europa apenas atrai imigrantes de baixa qualificação, e alguns aproveitadores, especialmente em razão de suas políticas assistencialistas e anistia para os ilegais que conseguem se manter por aqui por algum tempo.

A baixa taxa de natalidade em praticamente todos países europeus aliada a imigração ilegal de baixa qualificação em massa (e com altas taxas de natalidade) está, aos poucos, mudando a face da Europa. Expressões como Eurábia já são corriqueiras, especialmente devida a forte imigração muçulmana. Oriente Médio e África são os maiores exportadores de imigração ilegal para o Velho Mundo.

A saída mais sensata é tentar atrair imigração qualificada, adaptável a cultura européia e capaz de girar a economia de forma mais eficaz. Entretanto, a proposta encontrou uma forte barreira na Alemanha, em especial no partido democrata-cristão da Bavária, CSU, parceiro importante da coalizão da chanceler Angela Merkel. O ministro da Economia, Michael Glos (CSU), e seu correligionário, o ministro do Interior da Bavária, Günther Beckstein (CSU), são frontalmente contrários a adoção de novas regras. Segundo eles a Europa deve trabalhar para evitar a fuga de cérebros para os Estados Unidos, ao invés de repor tais perdas " com pessoas da África". Os ministros da CSU precisam estudar mais. A África é uma enorme fonte de imigração de baixa qualificação. Falta base aos fracos e eleitoreiros argumentos desses políticos despreparados.

A esquerda, representada pelo SPD disse que é preciso proteger o mercado de trabalho para os alemães. Um argumento desses só pode ser brincadeira...

A única voz sensata veio do diretor do Instituto de Investigação Econômica de Hamburgo, Thomas Straubhaar, afirmando que existe um déficit de profissionais qualificados que deve ser preenchido por imigração de alto nível.

A visão dos políticos alemães é torta, para não ir além, afinal de contas, sabemos que existem "partes do mundo", em especial na Europa, pouco receptivas a estrangeiros. Entretanto, a manutenção das regras atuais será responsável no futuro pelo pior pesadelo dos Europeus - a transformação da cultura de seu continente. A política atual, que incentiva a imigração de baixa qualidade ilegal e dificulta a entrada de legais qualificados, mudará a face da Europa. Desta forma, a Alemanha poderá acordar um dia nas mãos de um Chanceler muçulmano de origem turca. E apesar de politicamente corretos, acreditem, os alemães e vizinhos "próximos" não gostariam nada nada disso.

Enquanto isso, a Europa se transforma na Eurábia.

E uma dica para po políticos da CSU e SPD, leiam Giovanni Sartori e Jean François Revel - ajuda necessária para retirá-los do estado de ignorância plena.

Um comentário:

Anônimo disse...

A Europa que conheci em 88 nada tem à ver com a Europa de hoje.
Está a se perder a cultura e a alma dos povos.
Se o que os governos gastam para receber e capacitar os imigrantes eles investissem nos países do terceiro mundo para que os povos não necessitassem migrar, esse problema não existiria.
Mas as grandes Nações e os seus governantes tem antes que livrar-se do egoismo.