terça-feira, novembro 13, 2007

Dinamarca: Três vezes Rasmussen!

De Dublin, Irlanda. A centro-direita vence mais uma eleição na Europa. Anders Fogh Rasmussen liquidou a fatura em uma eleição que deveria ocorrer em 2009, mas que foi adiantada para finais deste ano.

Rasmussen é um dos grandes líderes da centro-direita mundial e admiro muito seu governo, que se aproxima muito de minhas convicções políticas. Seu trabalho frente ao partido liberal levou a quebra da hegemônia das esquerdas que governavam o país há anos e sua vitória representa a primeira vez que os liberais ganham três eleições consecutivas.

O parlamento dinamarquês terá maioria formada pela coalizão liderada por Rasmussen, que alcançou 50,5% dos votos. Entretanto fica ums dúvida no sentido de descobrir como o Partido Liberal deseja formar sua coalizão e neste ponto entra o jogo político, onde a senha se chama imigração.

Se a coalizão receber o apoio do Danish People’s Party (DPP), mesmo fora do governo, apenas de forma pontual, estará selando um acordo com um partido que se opõe claramente a qualquer tipo de imigração. Vale lembrar que Rasmussen foi reeleito no embalo de suas políticas liberais que geraram, naturalmente, uma economia próspera e saudável e que já apresenta falta de pessoas que ocupem postos de trabalho - faltam trabalhadores e sobra trabalho na Dinamarca. A única forma conhecida de preencher este vazio no curto prazo é via imigração.

Bem, os desafios são grandes e a bela líder da oposição, a social-democrata Helle Thorning-Schmidt disse que derrotará Rasmussen nas próximas eleições - algo improvável, por dois motivos. Tudo indica que Rasmussen está de malas prontas para Bruxelas e não deve terminar este mandato, além disso, os social-democratas não agregaram votos de forma sensível desta vez. Uma mudança de estratégia é necessária na esquerda dinamarquesa, atropelada pela terceira vez pela coalizão liberal-conservadora. Rasmussen aplicou uma mudança de fundo na política dinamarquesa, aliado a um sucesso administrativo brutal, algo que a esquerda ainda não assimilou.

Portanto, para entender o caminho que seguirá a Dinamarca, é melhor ficar atento aos movimentos e coalizões que devem ser fechadas na formação do terceiro (e provavelmente último) governo de Rasmussen em Copenhague.

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