Angela Merkel foi reeleita. Seu partido, a CDU, manteve sua média de votos. Mas tudo muda na Alemanha com o resultado das eleições.
Tudo muda porque agora desfaz-se a bizarra "Grande Coalizão" entre o consórcio democrata-cristão CDU/CSU e os socialistas do SPD. Durante os últimos quatro anos os dois principais partidos alemães conviveram no mesmo governo, sob o comando de Merkel, já que nenhum havia conseguido a maioria legislativa para formar um governo.
O recado das urnas deste domingo foi outro. O SPD, cada vez mais fraco, vem perdendo votos. Despencou de 34,2% em 2005, para 23% agora. Os dissidentes do SPD, no Die Linke, alcançaram 12,8% e seus aliados, Verdes, chegaram a 10,2%.
Do lado conservador, apesar do CDU/CSU ter mantido seu patamar de votos em torno de 34%, o diferencial ficou ao lado dos Liberais do FDP, que subiram de 9,8% para 14,7%. Agora, o CDU/CSU não precisará formar governo de coalizão com o SPD, podendo formar um governo com seus reais aliados do liberal FDP. Juntos, seus partidos agora formam maioria no Bundestag.
Merkel deve muito ao líder do FDP, Guido Westerwelle, que tende a chegar finalmente a Vice-Chancelaria. Se ela tinha a desculpa de não implementar sua agenda por completo em razão da coalizão com o SPD, agora tudo muda. Merkel terá maioria para levar a cabo toda sua agenda reformista. Aqueles que entregaram a vitória em suas mãos, o FDP, estará atento para que ela não vacile.
Merkel foi reeleita, mas tudo mudou em Berlim neste domingo.
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