quarta-feira, setembro 02, 2009

O tropeço político de Uribe

Uribe faz um belo governo na Colômbia. Avança sobre as Farc e suas ações terroristas sem concessões ou negociações como aquelas já realizadas pelos antecessores. Suas ações trouxeram maior tranquilidade para os negócios e a vida cotidiana. A economia respondeu, crescendo forte e saudável nos últimos anos.

Quando seu primeiro mandato chegava ao fim, a Constituição foi modificada para que Uribe pudesse concorrer a reeleição. Foi reeleito com facilidade. Agora que o segundo termo chega aos derradeiros meses, sua base de apoio aprovou um referendo que autoriza Uribe a buscar um novo mandato como Presidente.

Uribe é um governante único na América do Sul. Responsável, sério e dedicado, representa a antítese do populismo que eclode por diversos países da região. Ao autorizar sua base de apoio a buscar um novo mandato, comete um tropeço político-institucional.

O pecado político de Uribe foi não ter formado um partido forte e coeso que representasse as idéias que defende e assim, aos poucos, deixar que o partido defendesse suas bandeiras políticas ideológicas. A falta deste elemento faz com que o próprio Uribe materialize essas bandeiras, tornando aquilo que seria um projeto partidário em um projeto político guiado por um líder.

Uribe é um governante exemplar, entretanto, faltou-lhe o toque político como forma de trazer estabilidade institucional-partidária a Colômbia. Espero que ainda seja tempo. Pelo visto ele terá um terceiro termo se deseja tentar seguir este caminho.

Nenhum comentário: