Celso Amorim, diplomata de carreira do Itamaraty, que ocupa atualmente o cargo de Ministro das Relações Exteriores, anunciou sua filiação ao PT. Infelizmente, mais uma vez uma tradição de nossa diplomacia foi quebrada, pois aquilo que já se supunha, a partidarização do Itamaraty, agora tomou contornos definidos.
A diplomacia de um País deve servir ao Estado, executando uma política de governo. Assim, os diplomatas possuem, tradicionalmente, uma posição de equidistância no que tange a ideologias ou políticas partidárias no exercício de suas funções. Constitui-se, ou deve constituir-se, em um corpo técnico de alta capacidade analítica da política internacional. Esta sempre foi nossa tradição, desde o Barão do Rio Branco.
Uma diplomacia séria não deveria deixar de lado diplomatas de carreira, de longa contribuição ao Brasil, por simples falta de sintonia ao modelo político-ideológico ditado pelo PT enquanto governo.
A lógica inverteu-se e hoje a diplomacia brasileira, outrora profissional e por isso festejada, apequenou-se em um círculo ideológico. A filiação de Celso Amorim ao PT é o exemplo mais lamentável disso tudo.
Roberto Freire, do PPS, pediu a exoneração de Amorim para "preservar a dignidade da diplomacia brasileira" pois "o diplomata brasileiro não é de um governo nem de um partido". Ele tem toda razão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário