segunda-feira, outubro 12, 2009

O futuro da União Européia

Depois do "sim" irlandês ao Tratado de Lisboa, o Presidente Lech Kaczynski ratificou em Varsóvia o mais recente e importante documento europeu. Assim a Polônia cumpriu o que prometeu e valorizou seu passe no jogo político.

A cúpula da UE aproveitou a oportunidade para mostrar sua cara na cerimônia em Varsóvia. Os pesos pesados da política européia estiveram na Polônia para prestigiar a ratificacão, como José Manuel Barroso pela Comissão, Jerzy Buzek pelo Parlamento e primeiro-ministro sueco Fredrik Reinfeldt, Presidente rotativo do bloco. O Presidente polonês Lech Kaczynski, em seu discurso, foi além e disse que a União não pode descartar novas expansões "não só os Balcãs mas também países como a Geórgia". Uma luz vermelha deve ter acendido em Moscou naquele momento.

As atenções voltam-se agora para Praga. O presidente Vaclav Klaus é um opositor assumido do Tratado de Lisboa e precisa assinar o documento, que já foi ratificado pelo Parlamento tcheco. Ele diz que espera uma decisão da Corte Constitucional de seu país, contudo, sabe-se que ele exige a inclusão de uma cláusula no tratado para evitar que os alemães expulsos da antiga Tchecoslováquia, após a Segunda Guerra Mundial, peçam indenizações junto ao Tribunal Europeu de Justiça.

A UE, que já advertiu Klaus pela pressão, precisa resolver este assunto e mudar sua triste história recente de "oito anos perdidos, dois tratados inúteis, três rotundas negativas em plebiscitos nacionais, dez promessas quebradas de realizar referendos e a sensação crescente de ser ignorado pelos Estados Unidos e a China" como bem assinalou a The Economist na edição desta semana.

Um comentário:

TatyN disse...

A Polônia já fez a parte dela. Covenhamos, é um grande passo mudar a própria Constituição para se adaptar à Comunidade Européia! Excelente blog!