segunda-feira, janeiro 04, 2010

Cabral criticado

Os deslizamentos em Angra dos Reis atingem de forma direcionada o governador do Rio, Sérgio Cabral. As primeiras e mais contundentes críticas vieram da demora do governador em aparecer, chegando a levantar suspeitas de que ele estava no exterior. Não estava, ao contrário, encontrava-se perto de Angra, assim como o ministro do Meio-Ambiente, Carlos Minc.

O Vice-Governador do Rio, no vácuo deixado por Cabral, apareceu em Angra dos Reis já no primeiro dia do ano, coordenou a ação do governo, prestou solidariedade as vítimas e atendeu pacientemente a imprensa, ou seja, se fez presente, da maneira correta no momento mais importante. Luiz Fernando Pezão fez aquilo que se esperava de Sérgio Cabral.

Carlos Minc nem passou por Angra, deixando logo o estado do Rio e até o momento não se pronuniciou sobre uma matéria que é um dos assuntos principais de sua pasta. Cabral, com atraso, chegou até Angra dos Reis, mas neste momento não havia mais muito o que fazer. Pezão já tinha ocupado o espaço necessário no calor do momento, quando a população necessitava respostas, auxílio, solidariedade e ações diretas do Estado.

Agora a cobrança sobre o governador do Rio será incansável, especialmente em ano eleitoral. Cabral abriu um flanco de ataque político desnecessário, que seria coberto facilmente com sua ação pessoal imediata depois dos deslizamentos em Angra. Seus adversários políticos já começaram a se movimentar, lembrando que em junho de 2009, Cabral assinou o decreto nº 41.921, que flexibilizou as regras de construção na Área de Proteção Ambiental, o que atinge o ponto central da questão em Angra dos Reis. Cabral terá que correr atrás do tempo perdido.

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