A "Revolução Laranja" ficou para trás, é o que se escuta em Kiev. Dias antes da eleição presidencial na Ucrânia, os sonhos de uma nação forte e associada à Europa parecem mais distantes.
O líder das reformas e da virada ocidental contra a influência russa, Viktor Yushchenko, está desgastado. A disputa agora se dá entre sua antiga aliada (de idas e vindas) Yulia Tymoshenko e o candidato pró-russo derrotado por Yushchenko em 2004, Viktor Yanukovych.
Tymoshenko, charmosa e polêmica, é atualmente a Primeira-Ministra. Seu carisma impulsiona seus números para além dos 19%. Entretanto, seu oponente, Yanukovych, ultrapassa a barreira dos 40%. Deverá ocorrer segundo turno, mas Yanukovych, impulsionado pela metade da Ucrânia mais ligada à Rússia (e deixada de lado por Yushchenko) está perto de vencer.
A União Européia mais uma vez observa com atenção a eleição ucraniana e a possibilidade da influência russa sobre o país deixa Bruxelas atenta. A falha de Yushchenko em aproximar sua nação do ocidente pode ter jogado a Ucrânia nas mãos do Kremlin.
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