segunda-feira, junho 14, 2010

Eslováquia leva Direita ao poder

Mais um governo de centro-esquerda perdeu as eleições na Europa. Desta vez o palco foi a Eslováquia. As razões foram as de sempre. Um governo desgastado pelas políticas de bem estar social, déficit e altos gastos públicos, além da corrupção, o pecado de todos países que optam pelas políticas de alta intervenção do Estado.

Os eslovacos fizeram uma opção clara por políticas que tem objetivo cortar o déficit público, hoje em 6,8% para cerca de 3% em 2012. Uma gama de partidos da centro-direita deve assumir o governo em coalizão, assim como ocorreu na República Tcheca, onde o partido irmão do SMER, os sociais-democratas comandados por Jiri Paroubek, também perderam as eleições. A esquerda deixará o poder tanto na República Tcheca, como na Eslováquia.

A movimentação na simpática capital eslovaca, Bratislava, mostra que o comando da coalizão de centro-direita pode ser exercida por uma mulher, Iveta Radicova, da União Eslovaca Democrata-Cristã (SDKU), em substituição a Robert Fico, do derrotado SMER.

A coalizão que deve governar a Eslováquia tem em seu espectro Conservadores, Liberais, Democratas-Cristãos e húngaros moderados (a Eslováquia possui cerca de meio milhão de húngaros em seu território). Juntos SDKU, KDH, SaS e húngaros chegam a 79 cadeiras no Parlamento. Maioria absoluta tranquila para formação de um governo. A coalizão do SMER chegou a 71 cadeiras.

A Eslováquia busca retomar as origens das políticas que um dia levaram o país a ser chamado "Tigre da Europa Central", além desenhar uma reaproximação necessária com a Hungria. Bratislava segue o caminho político dos sócios europeus. Os bons ventos já chegaram ao país.

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