terça-feira, junho 29, 2010

Dilma e o "Establishment"

Um ano atrás Dilma Rousseff mostrou que seria uma candidata competitiva. Em junho de 2009 reuniu-se com formadoras de opinião da sociedade brasileira. O grupo era este aí do lado. Parece brincadeira, mas é verdade.

O "bate-papo", classificado assim pela anfitriã, foi após um almoço realizado na casa de Marta Suplicy. Lá estiveram Adriane Galisteu, Ana Maria Braga, Luciana Gimenez, Hortência, Viviane Senna e Maria Paula. Politicamente foi um sucesso. Como analista garanto que não deve-se subestimar o grau de penetração eleitoral das presentes com suas respectivas audiências. Para completar, marcaram presença também Marilena Chauí, Helena Maria Diniz e Leilah Assumpção, entre outras.

Um ano depois, a rede e o poder de penetração de Dilma se ampliou. Na última sexta foi convidada para outro bate-papo, desta vez na casa de Geyze Diniz, esposa do empresário Abílio Diniz. Dezenas de socialites, empresárias e “executivas de influência” estiveram na sala de estar do dono do grupo Pão de Açúcar. Diniz é aquele empresário que foi sequestrado pelo MIR (Movimento de Esquerda Revolucionária) ainda em 1989.

De lá, Dilma seguiu seu périplo pelo mundo da alta sociedade, desta vez em um jantar organizado por Marcio Thomaz Bastos, com o presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho.

E agora o foco volta-se ao Rio de Janeiro. Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, receberá Dilma no emblemático casarão do Cosme Velho.

A candidata de Lula segue o script traçado para sua eleição. Tais encontros, até ironizados por parcela do eleitorado, possuem um valor político incalculável para Dilma, tanto na sua capacidade eleitoral, como na consolidação de seu nome perante o "establishment" brasileiro.

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