segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Datafolha: A Vez de Marina

Mais uma vez voltamos para política nacional. Saiu mais uma pesquisa que merece análise mais apurada. Se no meio da semana tivemos a CNT/MDA, no final de semana chegaram tabulados os números do Datafolha. Ambas pesquisas seguem no mesmo sentido, mas com uma pequena alteração que pode fazer toda a diferença.

No início da semana passada, a CNT/MDA nos disse que Dilma liderava (43,7%), seguida de Aécio (17%) e Eduardo Campos (9,9%). O Datafolha nos traz a mesma situação: Dilma (44%), Aécio (16%) e Eduardo (9%). No cenário com Marina, o mesmo ocorre. Na CNT/MDA temos Dilma (40,7%) seguida de Marina, que toma o segundo lugar (20,6%), e Aécio (15,1%). O Datafolha dá Dilma (43%), Marina (23%) e Aécio (15%). Os números batem.

Mas o Datafolha trouxe Joaquim Barbosa para o ringue. No cenário com Eduardo Campos, Barbosa toma o segundo lugar de Aécio e chega a 16%. Percebe-se que leva um pouco dos votos de cada um, mas preponderantemente cresce com os votos dos indecisos, que optam por seu nome. No cenário com Marina, Barbosa chega a 14% e embola o meio de campo, deixando Marina com 17% e Aécio com 12%. Dilma, em ambos os cenários, tem algo em torno de 40%-42%.

Agora chegamos ao ponto importante, a rejeição, o mesmo que analisei na semana passada. No CNT/MDA, Dilma é rejeitada por 37,3, Aécio por 36%, Eduardo por 33,9 e Marina por 35,5%. O Datafolha trouxe números convergentes, com exceção de Marina. Vejamos, Dilma, Aécio e Eduardo são rejeitados por 30%. Barbosa, inserido nesta pesquisa, tem rejeição de 27% e Marina somente de 20%. Percebemos que a rejeição a Marina é diferente. Para CNT/MDA é de 33,5% e para o Datafolha é de apenas 20%. 

Se os números do Datafolha estiverem corretos, o PSB já tem candidato, ou melhor candidata. Marina, com esta taxa de rejeição, tem enorme potencial para crescimento, enquanto Eduardo, mesmo desconhecido do eleitorado, já tem rejeição em patamar similar a Dilma, candidata mais conhecida. Barbosa tem rejeição alta, mas dentro do patamar do voto petista, cerca de 30%. Tem potencial também. Entretanto, se os números do Datafolha estiverem corretos, Marina, para onde desaguaram intenções de voto depois das manifestações de 2013, desponta como o grande nome desta pesquisa e talvez das eleições, especialmente se Joaquim Barbosa decidir não entrar no páreo. 

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