A possível entrada de Jeb Bush mexe com todo o cenário republicano. Se ele decidir concorrer, a estrutura muda, pois ele tem um amplo leque de apoios entre doadores, tanto na Flórida como nacionalmente, e penetração em partes do partido que podem consolidar seu nome. Entraria nas primárias extremamente competitivo.
A campanha de Jeb nasceria na Flórida. A primeira baixa seria Marco Rubio. Aqui em Miami, onde pude pesquisar melhor sobre o assunto e conversar com algumas lideranças políticas, vejo que esta possibilidade é real. Jeb, um conservador em temas sociais e um liberal em termos econômicos, possui uma enorme penetração dentro do Tea Party e, no espectro da Flórida, consegue alcançar doares de campanha que teriam que escolher entre seu nome e o de Rubio. Jeb sai em vantagem.
Rubio teria um problema. Ele encarna a figura do latino que tanto o partido necessita, mas como um filho do Tea Party, tende a vir com uma posição mais dura em relação a imigração, o que pode enfraquecê-lo em sua principal base eleitoral. Jeb tem um currículo para apresentar como governador da Flórida e isto faz diferença em seu favor.
Um outro fator que enfraquece Rubio é Susana Martinez, governadora do Novo México. Republicana, latina e mulher, é a equação perfeita para a candidata a vice, especialmente se Hillary sair como candidata. Martinez seria a vice perfeita para Scott Walker, Chris Christie e Jeb Bush. Estive com grupos ligados aos latinos por aqui e ouvi que seu nome é bem aceito por todos os espectros, desde imigrantes cubanos aos mexicanos.
A Flórida e o voto latino terão um peso importante nesta eleição, seja com Bush, Rubio ou Martinez. Se os republicanos entenderem esta equação, estarão com metade da eleição nas mãos.
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