quinta-feira, junho 21, 2018

Os Movimentos da Caserna

A semana está sendo repleta de encontros emblemáticos. Além do jantar entre Marina Silva e Luciano Huck, outro episódio que chamou atenção foi a visita de Fernando Haddad ao General Villas Boas.

O comandante do Exército já recebeu vários pré-candidatos presidenciais. Com a visita de Haddad chega a 10 representantes. Disse em seu twitter que recebeu o petista para "um diálogo sobre desafios e oportunidades no campo da defesa e segurança".

O encontro é cheio de significados. Diante da prisão de Lula, o escalado para falar com o General foi Fernando Haddad. Enquanto a justificativa é de que ele é o coordenador do programa do PT, a verdade é que o ex-Prefeito de São Paulo é o nome para substituir Lula nas eleições deste ano. O escolhido para representar o partido na reunião não foi Gleisi Hoffman, tampouco o baiano Jaques Wagner. O partido forneceu uma clara indicação do caminho a ser seguido.

Além disso, surpreende a desenvoltura com que Villas Boas infiltra-se na política, lugar que os militares mantiveram distância até a chegada de Temer ao poder. Neste caso, o Presidente alimentou seu próprio desconforto. Ao franquear poder inédito aos militares em seu governo, o Planalto também se tornou, de certa forma, refém de seus movimentos. De nada adianta queixar-se nos bastidores do protagonismo de Villas Boas.

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