sexta-feira, outubro 05, 2018

Onda Bolsonaro

Multiplicam-se no Brasil os apoios na direção de Bolsonaro. O fenômeno virou onda e a onda pode virar um efeito manada. A eleição tem chances reais de terminar no domingo.

Além das frentes parlamentares evangélica e agropecuária, o deputado começa a atrair também políticos de diferentes níveis. Candidatos aos governos dos estados que estavam com Alckmin ou Meirelles aderiram publicamente ao capitão, na tentativa de ver suas campanhas embalarem na onda do líder das pesquisas.

O movimento contrário ao PT também se espalha com rapidez, o que confere a Bolsonaro um raio maior de votos úteis que caminham em sua direção ainda no primeiro turno. Na ânsia de não ter que passar por um duelo com o partido de Lula no segundo turno, diferentes segmentos da sociedade optaram por abrir mão de seus candidatos e rumar na direção do capitão com a esperança de ver a eleição resolvida no primeiro turno.

O Nordeste, bastião petista, também começa a mandar sinais positivos para Bolsonaro. Por lá, multiplica-se o voto em um candidato a governador da esquerda, mas na direção contrária para Presidente. A onda que veio do sul-sudeste-centro-oeste parece ter chegado ao Nordeste e se o capitão penetrar no bastião petista, a campanha de Haddad pode ruir em seu principal ponto de apoio.

Identificamos como onda aquele movimento que vai ganhando força. Bolsonaro está vivenciando sua onda favorável (já experimentada por Haddad semanas atrás) no momento certo. Para vencer no primeiro turno ele precisa que este movimento tome contornos de um "efeito manada", agregando votos de todos os lados em número significativo, desidratando os outros candidatos na reta final. Se isto acontecer, as chances de vitória no primeiro turno, repito, são reais. Os primeiros sinais deste movimento já podem ser sentidos. A união das forças antipetistas em torno do capitão é o fator determinante desta equação.

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