As notícias não são boas para a esquerda na Alemanha. Por aqui, o SPD alemão enfrenta grave crise. Desde que perdeu as eleições em para a coalizão CDU/CSU em 2005, os social democratas enfrentam o pior momento. Eles somam menos de 30% das intenções de voto. A tendência é de queda. Seu líder, Kurt Beck, atual primeiro-minitro da Renania-Palatinado e quarto presidente do partido em 4 anos, é o preferido por apenas 16% do eleitorado. Entretanto, o mais interessante é verificar que mesmo entre os votantes do SPD, Beck não é preferido, e Angela Merkel, do partido opositor, está 11 pontos a sua frente inclusive entre seus pares.
Enquanto isso, um novo partido de esquerdas alcança 14% dos votos.
Por falar em Merkel, seu brilho internacional parece estar se refletindo também internamente. Sua coalizào alcança 40% das intenções de voto e é a preferida inclusive entre os social democratas. Obtém, na disputa direta com o líder de esquerda, Kurt Beck, 54% da preferência com eleitorado contra apenas 16% deste.
Além de tudo, é importante lembrar que o governo de Merkel é uma coalizão entre CDU/CSU e SPD, portanto, tem sido eleitoralmente desvantajoso para a esquerda, com méritos somente para coalizão democrata/social cristã, que coordena e possui o controle da agenda do governo.
As cartas já começam a ser colocadas na mesa. O fascínio que a Chanceler possui com os alemães e a Europa pode fazer a diferença. Ela é uma política muito habilidosa.
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