terça-feira, outubro 26, 2010

No Sudeste

Com a divulgação do Datafolha de hoje e da amostragem do GPP podemos ter uma noção mais clara da distribuição de votos e as chances de cada candidato.

O Datafolha traz resultados similares aos do Ibope e o GPP mais próximos aos do Sensus da última semana. Acredito que os dados do GPP aproximam-se mais dos trackings diários, que orientam as campanhas.

Ali existe uma vantagem de Serra no Sul e uma diferença pró-Dilma no Nordeste. Serra abre 18 pontos em sua frente e Dilma 26 no seu principal reduto eleitoral. Na frente Norte-Centro-Oeste, Serra perde por uma pequena margem. Não deveria. Ali, em função do cinturão do agronegócio deveria abrir a vantagem que hoje é de Dilma, de cerca de 7 pontos. Serra tem como puxador de votos Simão Jatene, que lidera no Pará, além de Marconi Perillo, que lidera em Goiás. De resto, Serra tem apoios expressivos e suporte do agronegócio para subir nesta região, afinal, já foi bem por ali no primeiro turno.

Assim, a eleição volta-se para o Sudeste. Nesta região há empate: 43% para cada um. É neste nicho que a eleição pode ser decidia e deveria pender com tendência para Serra, considerando as contundentes e expressivas vitórias obtidas por Geraldo Alckmin e Aécio Neves, respectivamente em São Paulo e Minas Gerais. Sem a transferência de votos de ambos para Serra, ficará muito difícil para o tucano. Os esforços de Serra devem focar-se, na reta final, no apoio maciço do agronegócio, que precisa estar mobilizado, além da frente tucana no Sudeste. Mesmo assim, será uma eleição apertada.

Nenhum comentário: