Marina anunciou sua tão esperada indepedência em relação ao segundo turno. Nem Serra, nem Dilma. Marina optou por Marina, daqui há quatro anos, quando acredita que terá mais chances e poderá consolidar seu nome no cenário nacional.
A idéia é bonita, mas não é tão fácil como a candidata verde imagina. Ela não terá mandato pelos próximos anos e seu partido não tem o mesmo grau de penetração sob o qual se desenvolveu o petismo, como sindicatos e organizações de classe. Consolidar seu nome como uma alternativa viável e palpável para o Planalto é uma tarefa árdua.
Ademais, Marina precisa entender que o cenário que deve encontrar em quatro anos é outro. O mundo político movimenta-se em seu próprio ritmo. Se os tucanos vencerem, uma conjuntura começa a desenhar-se, com Aécio e Serra, assim como se o petismo sair vencedor, outra realidade consolida-se, neste caso já na expectativa da volta de Lula em 2014.
A candidata espera, com sua atitude, preservar seus quase 20 milhões de votos. Não conseguirá. Possui um eleitorado muito heterogêneo e que por diferentes motivos depositaram seus votos no número 43. Não poderá conservar todos, dos progressistas verdes aos conservadores evangélicos. Um eleitorado como este é de praticamente impossível manutenção.
A melhor saída para Marina seria fazer uma opção e impor sua agenda. Precisaria fazer parte do governo e de governos estaduais para estruturar o partido de forma consistente, sob uma idéia central e sua liderança, tornando-se uma opção viável para 2014.
Entretanto, inebriada por uma votação circunstancial, tomou a decisão da neutralidade ou suposta independência, que passa longe dos estadistas que assumem os riscos de suas escolhas e a opção do bom combate de idéias.
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