Este final de semana será importante para Gordon Brown. Ele deve decidir se antecipará ou não as eleições no Reino Unido.
Brown está tentado a fazê-lo, o que na minha opinião é um erro político. A legislatura está praticamente na metade, ou seja, Brown tem pela frente pelo menos mais um ano e meio a dois anos de governo. Há muito que fazer se deseja realmente implementar sua agenda.
Mas a tentação vem do timing. Os números são, digamos, simpáticos para o Primeiro-Ministro, mas deve-se obeservá-los com cuidado. Apesar dos inúmeros acertos de Mr. Brown e dos erros de Mr. Cameron, o risco de os tories vencerem, mesmo que por uma pequena margem são reais. Além disto Brown nunca sofreu o teste das urnas na condução do trabalhistas. Seria sua primeira vez.
Mas vejamos. Se Brown sai derrotado, sua biografia política está enterrada. Passará para a história como o PM que chegou a Downing Street pelos votos de Blair e saiu derrotado pelos conservadores. Seria o homem que teria dado um fim ao período do "New Labour" do carismático Tony Blair.
Do outro lado, uma vitória forneceria uns poucos anos a mais em Downing Street e sua afirmação como um líder e um PM que venceu nas urnas.
Dizem por aqui na Europa que seus assessores mais próximos estão muito entusiasmados com os números e que Brown estaria sob a influência deste grupo. Apesar do ufanismo destes, é bom lembrar que a diferença entre tories e trabalhistas caiu para dois pontos e alguns institutos apontam um empate.
O risco é grande. Brown deveria aproveitar o tempo para governar, algo que tem feito muito bem e retirar da pauta do encontro com a Rainha semana que vem a ingenuidade de antecipação das eleições. Se precisar de um bom conselheiro político, é melhor ligar para Tony Blair.
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