quinta-feira, outubro 04, 2007

Aznar, demolidor em Madrid

Dizem que aqueles que já viveram em Madrid levarão para sempre a paixão pela capital espanhola dentro de si. Mais do que isso, aqueles que são tocados pelo amor à Espanha, certamente levarão para sempre um pouco da Espanha dentro si. Este Blog, portanto, que antigamente já se chamou "Diários de Madrid" está sempre atento ao que ocorre por lá.

Por tudo isso choca a atitude da queima de fotos da família real, em especial do Rei Juan Carlos, na Catalunha, além da retirada da foto do Rei da sala de plenos da Prefeitura de Barcelona. Isto mostra o estado frágil em que o atual governo deixou a Espanha no tocante a sua unidade institucional. Todos lembram da Guerra Civil espanhola e ninguém deseja reviver tais sentimentos seja em que medida for. O pior é saber que Zapatero, com sua inoperância e corpo-mole contribui para desagragação do país.

Por isso Aznar foi tão duro em suas palavras hoje à noite em Madrid. A Fundación FAES, presidida por ele, apresentou o livro "España en primer plano. Ocho años de política exterior (1996-2004)", escrito pelo senador do PP Alejandro Muñoz-Alonso. A história de um período em que a Espanha passou a ser vista como um aliado fiel, um parceiro confiável e uma potência econômica.

Aznar em suas palavras foi demolidor, seco e direto, como é de costume. Lembrou a importância da monarquia constitucional e do que isto representa para a Espanha. Foi além e acusou Zapatero e seu governo de ser conivente e incentivar sentimentos nacionalistas desagregadores, reproduzindo um sistema que levou a Espanha ao pior momento de sua história, a Guerra Civil. Há muito que agradecer ao Rei, disse Aznar. Zapatero calou-se diante da brutalidade vista nas ruas da Catalunha.

Aznar cumpriu na noite de ontem mais uma vez o papel de um autêntico Presidente de Governo, ou seja, saiu em defesa da Espanha, da Monarquia e da unidade nacional. Zapatero, como sempre apequenou-se diante da gravidade dos fatos. Mas pensando bem, este não é o papel somente de um Presidente de Governo, é a atitude de qualquer cidadão espanhol sincero, honesto com a história de seu país e ciente da importância da unidade espanhola e sentida até por aqueles que sempre carregarão um pouco da Espanha dentro de si.

Este Blog solidariza-se com o Rei Juan Carlos e repudia todos os atos contra a monarquia espanhola e seus símbolos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Márcio,

Qualquer indivíduo com um mínimo conhecimento de história e da atuação dos agentes que nela se movem, sabe interpretar o comportamento desse primeiro-ministro, indigno do cargo que ocupa. Não passa da velha estratégia comunista (que ele de fato é) de provocar tensão na sociedade para ir, aos poucos, desagregando o tecido social que, construído num lento processo espontâneo (e não essa coisa postiça, artificial, criada nos países socialistas) através de séculos tendo como força coesiva a cultura judaico-cristã, impede um avanço mais ousado dessa ideologia maligna. Mas, para tristeza da humanidade, vemos que esses delinqüentes conseguiram caminhar muito mais do que uma sã consciência poderia admitir.

Resultados dessa tragédia veremos nos próximos anos, não só na Espanha, mas em países de diferentes continentes, caso a reação não seja dura e rápida, como parece ser esta de Aznar. Sorte dos espanhóis terem um líder dessa estatura, já o Brasil...

Agora, essa reação só poderá ter êxito se desenvolvida no plano do enfrentamento ideológico, mais precisamente pelos conservadores, e disso Aznar sabe muito bem, conservador que é. E por que posso afirmar isso? Porque se você for discutir com um comunista no plano econômico, ele irá ludibriar o público em geral dissimulando aceitação à economia de mercado, com isso ele se mostra confiável e vai ganhando tempo, e espaço na arena política para, aí sim, atuar de forma predatória à sociedade, como fica explícito neste comportamento indecente desse Zapatero. E um conservador sabe muito bem, que a defesa dos valores judaico-cristãos é a substância para qualquer atuação política de uma direita. É, justamente, o que está faltando ao Brasil, onde toda a oposição à esquerdalha é feita por esses liberais de miolo-mole, que não conseguem frear um milímetro o avanço daqueles, pois o discurso economicista é oco, não tem o conteúdo essencial para sustentação de uma estrutura social, a cultura. E a cultura judaico-cristã é a única que pode impedir a sanha destruidora dos socialistas. Aznar sabe disso, qualquer conservador sabe disso. Defender o Rei é mais do que defender um regime político. É defender a cultura que acompanha o Rei, que é a cristã, ou de forma mais ampla a judaico-cristã.

Foi salutar você colocar esse assunto no seu blog. O que me deixou um tanto quanto desapontado, foi a falta de uma análise mais apurada de acontecimento tão significativo para o futuro desse maravilhoso país, e que traz reflexos em todo mundo.

Cordialmente

Léo