Não demorou muito para que a Eslovênia começasse a realizar movimentos concretos na Presidência rotativa da União Européia. Seu foco, como já disse aqui anteriormente está baseado nos interesses do Leste e especialmente relativos a ex-Ioguslávia, da qual a Eslovênia já fez parte.
Dimitrij Rupel, ministros de Relações Exteriores da Eslovênia pressiona Bruxelas para aceitar a Sérvia o mais rápido possível no Acordo de Associação e Estabilização da UE, o primeiro movimento em direção a aceitação como membro pleno. Atualmente, a Sérvia está sendo pressionada a entregar o general Ratko Mladic e o ex-dirigente Radovan Karadzic para o Tribunal Penal Internacional da ex-Ioguslávia. Eles são acusados de genocídio e crimes de guerra.
O papel da Eslovênia está em frear as resistência de Bélgica e Holanda especialmente, que exigem a entrega de Mladic e Karadzic para que a Sérvia dê um primeiro passo em direção a UE.
Mas talvez o mais importante seja trazer a Sérvia para a área de influência da UE o quanto antes. Moscou tem planos de trazer Belgrado para mais perto do Kremlin, o que seria um desastre para o Ocidente. A Eslovênia está certa em tentar furar o bloqueio de Bélgica e Holanda de forma urgente.
A Sérvia terá eleições em poucos dias, em janeiro. Boris Tadic, o mais pró-ocidente dos candidatos e atual Presidente, pode não ser o ideal, mas talvez tenha a senha de estabilização da Sérvia junto a UE. A Eslovênia está pavimentando o caminho para que isto aconteça.
Lujbljana começa sua Presidência na direção correta.
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