sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Os problemas de Hillary

Vamos nos permitir fazer um exercício sobre o que pode ocorrer na campanha democrata.

Tudo indica que Hillary não conseguirá a indicacão. A tendência política corre neste sentido, mas vamos procurar argumentos políticos para sustentar essa idéia.

Ela tende a perder no Texas e Obama segue crescendo em Ohio. O fato é que Obama, pelo sistema proporcional, não precisa vencer nestes estados, ele apenas precisa dividir o voto com Hillary, evitando que ela leve a maioria dos delegados. Um empate, portanto, favorece Obama, pois deixa a corrida na mesma situação atual.

No mesmo dia ocorrem primárias em Vermont e Rhode Island. Pequenos estados, mas que podem fortalecer o nome daquele que vencer no Texas ou Ohio.

Por exemplo: Texas (Obama) + Vermont (Obama) + Rhode Island (Obama) - Ohio (Hillary)= Momento para Obama. Ao contrário: Ohio (Hillary) + Vermont (Hillary) + Rhode Island (Hillary) - Texas (Obama)= Momento para Hillary e uma espécie de renascimento para sua candidatura. O problema é que a equação a favor de Hillary é mais difícil de se concretizar.

Depois dessas primárias, onde Obama deve sair com uma vantagem de cerca de 150 delegados, virá a Penssylvania. E apesar da liderança de Hillary, Obama tem apoio dos sindicatos.

O problema vem depois da Pennsylvania, quando metade dos delegados restantes virão de lugares com clara vantagem para Obama. São dois no Sul e um liberal. Vejam os estados: Carolina do Norte, Mississippi e Oregon. Geograficamente são estados que favorecem Obama, além de ter vencido nos vizinhos (Washington, Lousiana e Carolina do Sul).

Hillary precisa vencer, e bem. De outra forma, está perdida. Precisa recuperar espaço no Texas, vencer em Ohio e ganhar momento e impulso com Vermont e Rhode Island. Somente assim sua campanha terá força para brigar seriamente na Pennsylvania e ainda sobreviver para tentar a indicação.

Não é uma tarefa impossível, mas improvável de acontecer.

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