quarta-feira, março 24, 2010

Pressão em Berlim

As pressões dos sócios europeus para encontrar uma saída para Grécia se intensificaram com o passar da semana. A resistência vem de Berlim. A Alemanha segue firme em sua posição de não ceder aos apelos dos países da zona do Euro.

Existe uma chance de Merkel ceder, mas para isto acontecer, o FMI teria que estar disposto a dividir a conta com os sócios europeus.

Enquanto nada fica decidido, o Euro voltou a perder valor, tanto pela situação grega, quanto pela notícia da desvalorização da dívida portuguesa. É preciso achar uma saída que estabilize a situação de forma rápida e a presença de governos socialistas gastadores nos países foco da crise, não ajudam em nada a situação.

Os principais nomes da UE procuraram a Alemanha com o objetivo de tentar uma saída completamente européia para a crise, mas os esforços parecem em vão. Tudo indica que Berlim só dividirá a fatura se a solução extrapolar as fronteiras da Europa.

Os sócios europeus precisam ajudar a Alemanha a se posicionar favoravelmente. Bancar a fatura de ajuda à Grécia neste momento pode balançar a coalizão que mantém Merkel no governo.

Apesar das pressões de Bruxelas, Berlim não tende a ceder. É provável que a conta tenha que ser dividida com o FMI e seu maior acionista, os Estados Unidos. Assim salva-se o Euro e o governo de Merkel.

É preciso perguntar, entretanto, até quando a Alemanha terá que pagar pela irresponsabilidade fiscal de seus sócios menos confiáveis? Fica uma certeza, de Berlim depende o Euro. E agora, talvez de Washington também.

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