terça-feira, agosto 07, 2018

Estratégia Petista

O PT começou a concretizar sua estratégia de poder. O anúncio de que Fernando Haddad ocupará o posto de vice de Lula é mais um passo nesta direção. Como a impugnação da candidatura é considerada como certa nos meios políticos, Haddad pularia para a cabeça de chapa e Manuela D'Ávila, do PC do B, ocuparia o posto de vice.

Os movimentos do partido foram além do esperado na semana que passou. Em uma aliança silenciosa  com o PSB, acertou que os socialistas não apresentariam candidato e que se apoiariam mutuamente em um par de estados. As direções regionais reclamaram, mas certamente irão se enquadrar ao comando central dos partidos. Na chapa petista foi incorporado o PC do B e também era esperada a chegada do Pros.

A estratégia é manter Lula na cabeça de chapa, embaralhando o quadro sucessório e fazendo com que seus votos não se percam em outras candidaturas. Quando chegar o momento da impugnação e o fim dos recursos, Haddad assume formalmente o posto e tenta uma vaga no segundo turno. Jaques Wagner, também cotado para o posto, concorrerá em uma eleição segura para o Senado pela Bahia.

Apesar de muitos alegarem que o petismo está morto depois do impeachment, acredito no contrário. O partido está vivo e possui chances reais de vitória nesta eleição presidencial. Considerando que 20% do eleitorado brasileiro se considera petista, depois que Haddad receber a benção de Lula, alcança condições reais de chegar ao segundo turno. Sua candidatura desidrata os números de Ciro e deve jogar o petista, que já pontua por volta dos 6%, para cerca de 15%.

O jogo apenas começou. O PT começou colocar suas cartas na mesa.

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