Os erros dos institutos de pesquisa sempre foram um ponto polêmico nas eleições. Mesmo depois de erros profundos, seguem com credibilidade na grande imprensa, que usa as pesquisas Ibope e Datafolha como faróis da opinião pública.
Mas esta eleição trouxe algo diferente. O mercado sempre realizou acompanhamento diário dos números dos candidatos, o chamado tracking. Neste ano, entretanto, passaram a fazer pesquisas periódicas que vem sendo divulgadas para seus clientes, que usam o material na orientação do seu investimento. O resultado não pode ter compromisso com o erro, uma vez que aplicações são feitas baseadas nos resultados destas sondagens.
O que chamou a atenção é a diferença dos números dos institutos tradicionais para aquelas sondagens contratadas pelo mercado. Hoje, nas projeções de primeiro turno, os números começaram a convergir, com Ibope e Datafolha se aproximando do resultado das pesquisas dos bancos. Estes conseguiram apontar antes o rumo da eleição, talvez por suas sondagens conseguirem antecipar tendências com mais eficiência do que as pesquisas usuais.
Entretanto, a divergência segue intensa nas projeções de segundo turno e rejeição. Enquanto para o mercado Alckmin e Marina lideram a rejeição, atingindo assustadores 63%, Bolsonaro aparece apenas em quinto lugar. Nas pesquisas dos institutos tradicionais, o candidato do PSL lidera a rejeição, na casa dos 40%, com Alckmin e Haddad na faixa dos 20%. A discrepância é enorme.
Isto afeta os números das projeções de segundo turno. No Ibope e Datafolha, Bolsonaro perde praticamente em todos os cenários, enquanto nas sondagens realizadas pela FSB e Ipespe, realizadas para BTG e XP Investimentos, o deputado lidera na maior parte dos cenários de segundo turno.
Diante do voto útil e da eleição plebiscitária que se instalou no primeiro turno, possuir em mãos pesquisas confiáveis podem fazer toda a diferença. O melhor é fazer suas apostas e suas escolhas baseadas em institutos confiáveis, que precisam acertar e não possuem um histórico de manipulações, erros e até envolvimento com a Lava Jato. 2018 tem mudado paradigmas. Aqui fica mais um.
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