sexta-feira, setembro 14, 2018

Tendências Eleitorais

A semana fecha com a chegada das últimas pesquisas eleitorais que começam a fornecer sinais claros do que vai acontecer no primeiro turno. Acredita-se que depois do atentado contra Jair Bolsonaro tudo ficaria turvo, entretanto, surpreendentemente o quadro se tornou mais nítido, o que ajuda a conseguir prever aquilo que irá acontecer.

Marina Silva está mostrando que realmente não terá fôlego para chegar na fase final da disputa. Sem estrutura partidária, tempo de rádio e televisão, militância ou recursos, sua campanha se baseia única e exclusivamente em seu discurso. Nesta linha não está conseguindo segurar seus números. Ela vem caindo em todos institutos de pesquisa ao longo das últimas semanas. Perde fôlego na medida que Haddad cresce.

Ciro Gomes encontrou um caminho para seguir na disputa e mantém-se em um nível competitivo. Isto, entretanto, deve mudar. Ele se beneficiava do fato de a esquerda ainda não ter um nome viável, mas diante da benção de Lula para a candidatura de Haddad, os votos que hoje repousam com Ciro devem encontrar abrigo com o candidato do PT. A tendência é que o pedetista comece a perder tração.

A novidade da semana é Haddad, que pontua no mesmo patamar de Geraldo Alckmin sem sequer ter começado sua campanha. Deve crescer mais na esteira da estrutura do PT, recursos do fundo eleitoral e impulsionado pelo Nordeste lulista. Haddad tornou-se o fato novo e já na próxima semana deve começar a se distanciar do pelotão intermediário isolando-se no segundo lugar.

Alckmin segue no mesmo patamar, sem capacidade de reação, mesmo com tempo de rádio e televisão e estrutura pelo Brasil. O atentado contra Bolsonaro atingiu o centro de sua campanha, que se baseava na desconstrução do capitão. Sem poder atacar o adversário, Alckmin não tinha plano B e segue perdido na disputa. Os votos que poderiam levá-lo ao segundo turno hoje repousam no colo de Álvaro Dias, Amoedo e Meirelles.

Enquanto isso, de cima, Bolsonaro aguarda em uma cama de hospital o seu adversário no segundo turno. Os números do deputado resistem e depois do atentado aumentaram, de forma consistente, tirando do silêncio um eleitorado que até então escondia seu voto no capitão.

Uma eleição cheia de emoções começa a se definir.

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