quinta-feira, julho 22, 2010

Marina na América

Em uma eleição polarizada entre PT e PSDB, Marina Silva tenta firmar seu nome como uma real alternativa para eleitores que rejeitam a tese de uma eleição plebiscitária. Trabalha muito para isso. Nesta semana ela está em Nova York e fala com postura de candidata competitiva e com discurso sintonizado com os temas globais.

Já ouvi de muitos formadores de opinião que falta uma terceira-via consiste na campanha presidencial. Marina tenta se viabilizar neste nicho e caso encontre ressonância poderia ver sua candidatura alçar vôo.

No New York Palace ela disse que o Brasil precisa ser cuidadoso, mesmo com crescimento em alta, que uma agenda clara de desenvolvimento, certamente sustentável, é necessária. O País precisa evitar recuperações cíclicas e se direcionar em um crescimento equilibrado e permanente, disse ela.

Marina ainda defendeu sistema de metas de inflação, austeridade fiscal e um regime de câmbio flutuante. Temas positivos para retirar o rótulo de candidata de um tema só: Meio-Ambiente.

Sua campanha caminha de maneira consistente. Cresce nos segmentos mais escolarizados das grandes cidades e a escolha de Guilherme Leal para vice foi um acerto que abriu as portas do meio empresarial. Falta para a campanha de Marina uma maior entrada nas cidades pequenas e até médias, onde só entram candidatos com uma forte máquina partidária por trás.

Marina trouxe os grandes temas para o debate e posicionou-se de forma consistente sobre eles, mas para se viabilizar como um nome competitivo, sem estrutura partidária, precisa se transformar em um fenômeno da terceira-via. Esta é sua única chance de vencer.

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