sexta-feira, julho 16, 2010

Popularidade em Queda

A popularidade de Obama continua em queda. Em ano de eleições legislativas, isto realmente não é uma boa notícia. Mas a sorte, de alguma forma, acompanha o Presidente americano, já que o desgaste de seu governo, que contamia o Partido Democrata, pode não ser suficiente para a impôr a derrota especulada por muitos analistas.

Para vencer, é preciso primeiro não perder. Pode ser que o Partido Democrata não esteja passando pelo seu melhor momento, mas isto não quer dizer que os republicanos estejam preparados para vencer. Sem uma liderança consistente e uma forte guinada interna para sua vertente mais conservadora, muitos votos podem ser perdidos. Se os moderados não embarcarem na onda conservadora republicana, o partido pode sair do pleito com números mais pífios do que se espera.

Se a união dos republicanos fosse mais simples, um cenário promissor poderia surgir. Obama se esforça para manter sua popularidade cada dia a níveis mais baixos. 60% dos americanos, segundo o jornal Washington Post, publicação que apoiou entusiasticamente a eleição de Obama, disseram não ter confiança no Presidente democrata. Em relação a economia, 54% desaprovam sua gestão. 61,6% acreditam que o país segue no rumo errado. No geral, a desaprovação bateu em 47%. Na média de todos os institutos, a sensação negativa em relação ao governo democrata de Obama já ultrapassa o percentual de aprovação.

Mas do lado dos republicanos a situação não é muito melhor. 72% dos eleitores não confiam nos parlamentares republicanos, enquanto 68% dizem o mesmo sobre os congressistas democratas. Ocorre uma pequena vantagem no geral para os republicanos quando olhamos para os números da eleição de novembro. 45% tendem a votar no GOP e 41,7% nos democratas.

Isto mostra que existe espaço para uma campanha que transite entre os dois partidos, já que a percepção negativa é grande de parte a parte. Mas falta aos republicanos a percepção de mudança no discurso, apesar de saber que a força interna do partido vem de sua ala mais conservadora. Um grande desafio para o Grand Old Party.

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