Esta é uma tendência característica de tempos de mudança, quando o eleitorado expressa o desejo de rompimento com as estruturas tradicionais, buscando renová-las. Foi o que aconteceu na campanha presidencial norte-americana, que levou a vitória de Donald Trump e especialmente agora durante o seu governo, que planta soluções improváveis e colhe resultados positivos.
Jair Bolsonaro segue na mesma linha. O eleitorado brasileiro já expressou um grande desejo de mudança nas eleições de 2014, com tendência de voto canalizada para Marina, que não soube aproveitar o embalo favorável, além de ter impulsionado o impeachment, o resultado as eleições municipais e inclusive o ponto zero deste processo: as manifestações de 2013.
Isto explica porque candidatos alinhados ao governo e ao chamado establishment patinam nas intenções de voto. Meirelles e Alckmin são o melhor exemplo desta realidade. Se Álvaro Dias conseguir descolar deste pelotão, impondo-se como um instrumento de renovação, tem chances de ainda crescer na disputa.
Apesar do ataques, Bolsonaro segue consolidado na faixa dos 20% em todas as pesquisas e o que mais surpreende é que inclusive a escolha de um General para ocupar o posto de vice acabou funcionando. Mourão é o vice que mais agrada os eleitores, seguido de perto por Haddad.
Nada mais sintomático dos tempos que vivemos e do alinhamento para o segundo turno que deve colocar frente a frente dois projetos antagônicos de país.
2 comentários:
perfeita análise. e quando lemos que FHC apoia o PSDB se unir ao PT, esse desejo por mudanças só aumenta
perfeita análise! E quando lemos que FHC apoia uma união entre PSDB e PT, esse desejo por mudanças só aumenta
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