sexta-feira, agosto 31, 2007

A Princesa do Povo, 10 anos depois

Nesta sexta-feira o Reino Unido está completamente envolvido nas homenagens a Princesa Diana. Especialmente em Londres, mas também em outras cidades como Manchester, Bristol, Aberdeen e Cardiff.

As homenagens são justas para aquela que foi a Princesa do Povo, expressão cunhada por Tony Blair após o acidente fatal em Paris.

É impossível não lembrar da Princesa Diana com carinho, afinal de contas ficamos todos marcados pelos seus gestos de amor e desprendimento em prol de causas humanitárias e de como conciliava isto tão bem com a vida glamourosa de uma Princesa. Sua busca pelo amor e sua dor foram acompanhados com a mesma intensidade que seus atos humanitários. Quando se foi deixou marcas profundas e fez a monarquia britânica se curvar e entender o que seu povo sentia.

Dez anos depois me parecem interessantes as considerações feitas pela "The Economist": "Se Diana não tivesse falecido, eventuamente teria se tornado menos bonita, menos interessante, talvez, menos triste. Morrendo, ela imortalizou-se. (...) truouxe a monarquia a uma desordem temporária, que quando passou, deixou esta ordem intacta, ou mais forte".

Não concordo totalmente. Acho que a Princesa de Wales teria se tornado muito mais bonita e interessante e realmente mais feliz. O fato é que sua morte abalou as estruturas da monarquia, temporariamente, mas o suficiente para trazer a Coroa para mais perto de seus súditos.

Morrendo tão nova, Diana talvez deixe uma imagem de vida incompleta, mas preenchida. Sua breve passagem pelo mundo fez com que entendessemos melhor nossas próprias vidas, assim como ocorreu com a Rainha Elizabeth. Diana fez toda a diferença em sua breve caminhada e aí está o verdadeiro sentido de uma vida plenamente vivida.

Que sua memória nos sirva para sempre de inspiração.

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