quarta-feira, agosto 08, 2007

Rússia e Georgia, o eterno jogo de dissimulações

A situação entre Rússia e Georgia traduz muito o comportamento dos povos europeus na medida que nos dirigimos ao leste, em especial nos países que passaram pelos horrores das ditaduras socialistas.

Os russos, por exemplo, sempre foram dominados, seja por czares ou ditadores da esquerda. O povo que emergiu com o fim da URSS possui essas marcas profundas. O jogo político com o leste europeu é sempre mais dissimulado, mais difícil, um jogo de erros e desconfianças. Alguns povos estão mais adaptados a cultura européia e a UE tem importante papel neste sentido, mas em outros lugares, a situação ainda é complicada.

No caso em concreto, um míssil foi lançado por uma aeronave militar ao norte da cidade de Tsitelubani, apenas 65 km a oeste da capital, Tbilisi, na Georgia. O artefato, de 1.000kg, não explodiu. O ministro do Interior, Vano Merabishvili, afirma com convicção que os radares provam que houve aproximação de aviões Sukhoi-24 da Rússia para o ataque na noite de segunda-feira.

O Kremlin nega, como sempre. O ministério da Defesa russo nega, como sempre. E o ministro da pasta do Exterior foi além, disse que os aviões vistos no radar eram na realidade da Força Aérea da Georgia. Quem estará falando a verdade? Este é o problema que falava no início desta postagem. Vale lembrar que a Georgia é um dos antigos satélites da extinta URSS.

O curioso é ver, como mostra a foto, a faixa de isolamento de onde caiu o míssil, em inglês.

Este jogo de dissimulações entre a Rússia e seus antigos satélites nos leva a crer que infelizmente certas coisas talvez nunca mudem.

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