quinta-feira, julho 12, 2018

Coligação Estratégica

O PR avança na estratégia de construir uma bancada numerosa na Câmara dos Deputados para os próximos quatro anos. A peça mais importante deste quebra-cabeça está sendo montada diante da possibilidade de união do partido com a candidatura de Jair Bolsonaro.

A conta é simples. Sozinho, o Partido da República teria que se desdobrar em um número grande de alianças para fazer crescer sua bancada. Ao lado do PSL, poderá usufruir da popularidade de Bolsonaro para alavancar a eleição de seus candidatos. Isto se explica porque o voto na legenda da aliança entre PSL e PR tende a ser grande com Bolsonaro trabalhando como puxador de votos. A coligação faria com que os candidatos do PR fossem catapultados para a Câmara.

Isso interessa Valdemar Costa Netto, manda-chuva do PR, porque assim seu partido sairia fortalecido do pleito independente do resultado da eleição presidencial. Seu partido tornaria-se importante na nova correlação de forcas no Congresso Nacional e de quebra passaria a contar com uma fatia mais significativa do fundo partidário.

Costa Netto, que já tentou filiar Bolsonaro em seu partido, agora negocia com o PSL, mas também não abandonou as conversas com outros partidos. Foi por seu intermédio que José Alencar se tornou vice de Lula em 2002 e ajudou o petista a chegar ao Planalto. Ele não descarta alianças com outros partidos, mas por enquanto a equação que aproxima o seu PR de Bolsonaro, ainda é a mais atrativa.

Se o PSL se coligar ao PR, Bolsonaro ganha um valioso tempo de TV e consolida a aliança com Magno Malta, seu nome preferido para ocupar a vice. A solução que pode funcionar como propulsor de sua candidatura a Presidente e dos candidatos que o PR deseja transformar em deputados. Uma união pragmática que tem tudo para se concretizar.

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