O cacique do Progressistas, Ciro Nogueira, tenta emplacar o nome que deverá ocupar a vice de Geraldo Alckmin. Articula pela indicação de Margarete Coelho, Vice Governadora do Piauí.
Ciro, que tenta a reeleição para o Senado, é um dos nomes do centrão que divulgou ontem apoio aos tucanos, entretanto, na saída da cerimônia cravou que se o ex-Presidente Lula conseguir viabilizar sua candidatura, naturalmente votaria nele.
A intrigante declaração mostra o grau de confusão em que está metida a política brasileira. O manda-chuva do Progressistas, assim como Rodrigo Maia, preferia a candidatura de Ciro Gomes, mas respeitando a decisão da maioria dos caciques do centrão, aceitou a opção por Alckmin.
O consórcio de partidos chamado de centrão está em busca de poder e da divisão de cargos em um eventual governo do PSDB. Para isso, emprestou seus preciosos minutos de propaganda eleitoral para o tucano. Mas o ex-Governador de São Paulo precisa mostrar resultado rápido, sob pena de ser abandonado pelos novos sócios.
Alckmin precisa avançar nas pesquisas, o que não aconteceu até o momento. Somente uma consolidação da sua candidatura evitaria uma debandada dos aliados do centrão no decorrer da campanha. O tucano precisa mostrar real possibilidade de vitória e perspectiva de poder para manter estes partidos ao seu lado até o final.
Ciro Nogueira, que ao mesmo tempo tenta emplacar o vice de Alckmin, já avisou. Se Lula entrar no páreo, ele pula para fora do barco tucano. Este pode ser apenas o primeiro capítulo de um festival de infidelidade política. Se o tucano não mostrar tração, corre o risco de ver pulverizado o seu consórcio de apoios antes do apito final. Traição e política sempre andaram lado a lado.
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