Na contramão da maioria dos analistas, acredito que Janaína Paschoal é uma decisão estratégica muito acertada, pois fecha flancos que estavam abertos na candidatura de Bolsonaro. O tom escolhido também faz a campanha se aproximar dos mais moderados, necessários para chegar a vitória. Ela calibra a aliança, deixando a candidatura mais equilibrada.
Janaína agrega por ser acadêmica, mulher e formuladora do impeachment de Dilma Rousseff. Blinda a candidatura de todos esses lados. Seu discurso, focado na luta contra a corrupção, tende a mobilizar uma importante parte do eleitorado, aquela parcela que nutre especial apreço pelos feitos da Força-Tarefa da Lava Jato.
Mais do que isso, com Janaína na vice, Bolsonaro encarna de uma vez por todas a roupa daquele que luta contra o sistema.
Por certo Alckmin ganhou sobrevida com os minutos a mais de propaganda que conseguiu aliando-se ao centrão, entretanto, se o eleitorado continuar a mostrar sua face de rejeição aos políticos, isto será mortal para o tucano e pode funcionar de forma muito efetiva para Bolsonaro.
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