quarta-feira, julho 25, 2018

Um Vice para Alckmin

No xadrez político da escolha dos vices, ainda ninguém se entendeu. Existem problemas em todas as chapas, do petismo, passando pelos tucanos e desaguando em Bolsonaro. Na dinâmica da política brasileira, chega a ser curioso a dança de cadeiras que pode levar adversários políticos a ocupar a mesma chapa presidencial.

É o caso do tucano Geraldo Alckmin. Apoiado por um conjunto de partidos heterogêneos, a escolha do vice se tornou uma batalha particular. O empresário Josué Gomes, primeiro cogitado, é ligado a Lula, de quem seu Pai foi vice e seria indicado pelo mensaleiro Valdemar da Costa Neto. Na lista ainda encontra-se Aldo Rebelo, que chefiou a articulação política de Lula e até pouco atrás dava expediente no PC do B.

Se quiser escapar do campo lulista, Alckmin pode buscar seu vice nas hostes democratas. Lá está Mendonça Filho. Para emplacar, entretanto, precisa convencer Rodrigo Maia a abrir mão de sua reeleição para Presidência da Câmara. O centrão jamais admitiria tanto poder na mão de apenas um dos sócios. Além do mais, Mendonça carrega o governo Temer para dentro da chapa, pois ocupou o Ministério da Educação até pouco atrás.

Certamente o melhor nome seria o da senadora Ana Amélia, mas para emplacar teria que ser indicada pelo seu desafeto, o manda-chuva do Progressistas, Ciro Nogueira, além de abrir mão de uma reeleição segura para o Senado.

Assim como foi com a chapa Dilma-Temer, a esquizofrenia da política brasileira mais uma vez tende a celebrar casamentos difíceis de serem engolidos pelos eleitores.

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