quinta-feira, julho 26, 2018

Desistência Anunciada

Rodrigo Maia desistiu oficialmente de sua pré-candidatura presidencial. Assim, o Democratas ruma unificado para apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin ao Planalto. A decisão não era consenso dentro do partido, que considerou vários candidatos antes de decidir pelo tucano. Maia era um dos nomes contrários a fazer uma aliança com o PSDB. Sua preferência sempre foi por Ciro Gomes.

Aquele que já foi um partido de corte liberal, o antigo PFL, hoje Democratas, tornou-se menor na medida que o petismo foi avançando pelo Brasil. O golpe final, que reduziu o tamanho do partido, foi a manobra de Kassab em fundar o PSD, uma ponte para aqueles que desejavam se aproximar dos governos do PT. Muitos embarcaram na idéia, outros ficaram no DEM.

Diante da lipoaspiração promovida por Kassab, o DEM entrou em uma fase de autorreflexão. Pensou em se fundir até com o PTB, um projeto que acabaria de uma vez com as bandeiras do partido, afinal pelo menos o PFL sempre produziu uma agenda diametralmente oposta ao trabalhismo. Passada esta fase, decidiu rumar sozinho e se reorganizou.

Com a chegada de Rodrigo Maia na Presidência da Câmara, o partido cresceu de importância, renascendo durante o ocaso do petismo. Menor em tamanho, decidiu aliar-se ao Centrão por instinto de sobrevivência. As urnas dirão se a estratégia irá funcionar.

Rodrigo nunca mirou a Presidência da República. Seu objetivo sempre foi fortalecer seu nome para a reeleição como deputado federal. Seu ápice de votos foi em 2006, quando alcançou 198 mil votos. Desde lá, os números vem ficando mais magros. Em 2010 fez 86 mil e em 2014 foi eleito com 53 mil. Em 2018, depois ocupar o palco da sucessão, espera recuperar o fôlego com seus eleitores para continuar na Presidência da Câmara.

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