segunda-feira, outubro 14, 2013

Diplomacia Chinesa

As mudanças na política externa chinesa são visíveis. Cada vez mais Pequim tem feito uso do soft power. O exercício de poder exterior chinês, no momento, tem se transformado na habilidade em construir pontes políticas, econômicas e de cooperação com diversas nações pelo mundo, mas em especial com os seus vizinhos.

A política de cooperação internacional é intensa. As recentes mudanças políticas na China, com a transição de Hu Jintao para Xi Jinping somente acentuaram um modelo que já vinha sendo implementado por seu antecessor. A ajuda externa chinesa cresceu de US$ 1,7 bilhão em 2001 para US$ 189,3 bilhões em 2011, cerca de 3% do PIB do país.  Os números mostram que existe uma política externa clara em curso.

Os chineses tem interesse em manter fronteiras estáveis. Isto ajuda ao país e alimenta o comércio também com os vizinhos. Para isso, Pequim faz uso da diplomacia de cúpula, em fóruns como a Asean e Apec, além das relações bilaterais e fóruns regionais, ou seja, a diplomacia chinesa tem agido em todas as frentes.

Somente última semana Xi Jinping prometeu triplicar o comércio com a Malásia nos próximos anos, realizar investimentos na Indonésia e ampliar os negócios e cooperação em tecnologia e energia com a Austrália. Enquanto isso, o premiê Li Keqiang compareceu ao fórum de líderes da Asean no Brunei e depois seguiu para a Tailândia.

Nos últimos meses Xi Jinping também esteve em ação durante viagens intensas pela Ásia Central fazendo visitas no Turcomenistão, Cazaquistão, Uzbequistão e Quiguistão, onde os chineses se encontraram com os iranianos. Na reunião da Organização para Cooperação Xangai (SCO), ainda houve um encontro com o líder do Tajiquistão.

Como vemos, os chineses não estão brincando. A balança de poder na Ásia está movendo-se mais rápido que se esperava. Enquanto Pequim se movimenta, Washington parece paralisada. Obama cancelou suas viagens para Brunei, Malásia e Indonésia. Xi Jinping agradece.

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