quarta-feira, julho 03, 2013

Risco Dilma

Lula está no páreo. Para os investidores isto não é uma má notícia, tampouco para o Brasil. Isto porque a má notícia se chama Dilma Rousseff. Dos males, o menor. A "Presidenta" e sua política econômica tem gerado danos para o Brasil a cada dia que passa. A escalada da inflação, do dólar alto, da queda nas bolsas e sua política nacionalista e desenvolvimentista, com as contas públicas em desequilíbrio, estão tornando o país um lugar muito pouco atrativo. Na medida que Dilma aprofunda seu modelo econômico e os juros sobem no exterior, o Brasil se torna um investimento cada vez menos interessante.

O horizonte não traz boas notícias. Na corrida presidencial desenhada até aqui, vemos Dilma e Marina Silva dividindo a liderança. Aécio e Eduardo Campos ficaram, neste momento, para trás. Se a política de Dilma é conhecida, a de Marina tende a ser de arrepiar a espinha. Marina, uma mistura de "ex-petista", ambientalista, interventora e com forte viés religioso, é a personificação do medo para os mercados e para a estabilidade do País. Com Marina ou Dilma, o Brasil sai perdendo.

Diante deste fato é que a candidatura Lula sopra como um fio de esperança para os mercados. Existe a esperança que Lula descole a política econômica das mazelas e maracutais do mundo político real, como fez quando trouxe técnicos para a equipe de Palocci na Fazenda e Henrique Meirelles para o Banco Central. Se Lula fizer novamente um pacto de estabilidade econômica e monetária, como em 2002, o empenho de empresários e investidores em sua vitória pode ser maior do que imaginamos - especialmente se a briga for diretamente com Marina. Afinal, entre Marina e Lula, o ex-Presidente já se mostrou ser um político mais confiável na condução da economia.

Se Lula se descolar de Dilma sua chances de sucesso são grandes. A "Presidenta" já descolada dele tomou as piores decisões que se espera de um chefe de governo diante das manifestações. Os protestos são oriundos da má situação econômica e fiscal do País. Nada pior para afugentar investidores, aumentar o risco Brasil e fazer o dólar disparar do que tomar medidas de cunho político que flertam com o populismo, como reformas políticas, plebiscitos e reformas de ordem constitucional. Dilma está armando uma bomba de insegurança que talvez somente possa ser desarmada por outro Presidente.

Imaginem só. Seremos talvez um país que tenha que optar pelo mal menor. Lula, na impossibilidade de Aécio decolar, talvez seja a solução para colocar a casa em ordem. Caso contrário, depois do Risco Dilma, poderá vir o Risco Marina. O Risco Lula, entre eles, é menos danoso. Triste, mas verdade.

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