sábado, março 22, 2008

"Éste es un hombre que nos va a respetar"

Em meio a tormenta vivida por sua campanha nos últimos dias, Barack Obama mostrou um apoio até então inesperado e, portanto, forte o suficiente para alterar um pouco a posição dos ventos contrários.

Bill Richardson, governador do Novo México e antigo candidato nas primárias até a derrota em New Hampshire, apresentou seu endosso a candidatura de Obama.

Agora os dois fatos que mais interessam. Bill Richardson foi secretário de Energia de Bill Clinton e é o primeiro governador de origem hispânica na história dos Estados Unidos. Sua força perante o voto hispânico pode trazer aos braços de Obama um eleitorado que até este momento lhe era hostil.

As palavras de Richardson no Oregon, onde apresentou seu endosso ao Senador, não poderiam ser mais claras: "Éste es un hombre que nos va a respetar".

Não se enganem. O voto dos hispânicos, que sentem-se traídos pelos republicanos, pode ser decisivo na eleição geral. O futuro da América, sem dúvida alguma, repousa nos ombros daqueles que hoje fazem o papel dos antigos irlandeses e ingleses que um dia aportaram por lá. É principalmente dos braços dos imigrantes hispânicos, legais e ilegais, que máquina economica americana depende para se locomover.

terça-feira, março 18, 2008

Obama tenta tirar campanha de estado de crise

O reverendo Jeremiah Wright Jr, da Trinity United Church of Christ in Chicago, membro do comitê espiritual da campanha de Barack Obama, deixou seu posto na última semana, depois de inflamados discursos que deixaram marcas profundas na corrida democrata.

56% deixariam de apoiar Obama depois de realizar uma associação entre o candidato e o reverendo. Obama diz não concordar com as polêmicas e anti-americanas observações de seu pastor.

Obama é um ótimo orador e depois de negar esta associação várias vezes, hoje resolveu fazer um discurso para deixar clara sua posição. Ele fez suas ponderações direto da Filadélfia, onde está em campanha. Mas como ele não estava em um comício, como na maioria das vezes, fez um discurso direcionado.

Ele tocou finalmente na questão da raça, religião e falou sobre os fundamentos da América, enfatizando o preâmbulo da Constituição: "We the people, in order to form a more perfect union". Fez uma análise interessante sobre o passado e as bases sobre as quais o país foi construído.

Resta saber se ele foi convincente o suficiente para estancar a crise. As opiniões são controversas. Julgue você mesmo depois de assistir o discurso:
http://www.youtube.com/watch?v=pWe7wTVbLUU

quinta-feira, março 13, 2008

Geraldine Ferraro: "Se Obama fosse branco, ele não estaria onde está hoje"

"E, se ele fosse mulher, ele não estaria onde está hoje. O fato é que ele tem muita sorte de ser quem é. E o país deixou-se seduzir por essa idéia".

Estas palavras fortes foram ditas por Geraldine Ferraro, candidata a vice-presidente em 1984, com Walter Mondale, em uma campanha presidencial que não deixou boas lembranças aos democratas: foram derrotados em 49 estados. Venceram apenas em DC e Minnesota por 3.800 votos. É considerada a maior derrota eleitoral da história dos democratas nos Estados Unidos.

Geraldine Ferraro, por certo, apóia Hillary e tão logo seus comentários surgiram, a campanha de Obama rebateu suas críticas.

Obama, de qualquer forma, chegaria longe. Seu potencial como político ultrapassa qualquer barreira racial. Seus discursos e sua capacidade de oratória são raros de encontrar.

Geraldine Ferraro fazia parte do comitê financeiro de Hillary. Já deixou o posto. Mas poderia ter ficado calada. Assim, ajudaria muito mais seu partido. A Senadora, agora, quer distância dela. Com razão.

quarta-feira, março 12, 2008

"Magnolia State" vai para Obama

O Mississippi ou "Magnolia State", conforme previ mais cedo aqui, entregou uma grande e expressiva vitória ao senador Barack Obama.

Muitos dizem que isto se deve a 70% dos democratas registrados no estado serem negros ou por 36% da população do Mississippi ser negra. Mas talvez a vitória de Obama tenha transcendido estes limites raciais.

Obama ganhou em outros grupos sociais, raciais e etários, segundo as pesquisas. Obteve 60% dos votos, contra 38% da senadora Clinton. Ele levará por volta de 18 delegados e ela algo em torno de 12.

No sul, agora ele coleciona vitórias no Mississippi, Carolina do Sul, Georgia, Lousiana e Alabama. A senadora só conseguiu chegar na frente, nesta região, no Tennessee e Arkansas, onde Bill Clinton foi governador. Vale lembrar que o sul sempre foi o porto-seguro do ex-Presidente. O voto negro, sempre dos Clinton, desta vez repousa nos braços de Barack Obama.

O Mississippi, vale lembrar, superou as mais otimistas expectativas. E Obama segue na liderança.

terça-feira, março 11, 2008

McCain leva o Mississippi com 79% dos votos

Por certo estou tratando muito mais da candidatura democrata do que da republicana nos últimos dias.

Este é um dos problemas do senador McCain. A demora na disputa democrata deixa seus candidatos com mais exposição e tempo na mídia do que ele.

Mas faço o registro da vitória de McCain esta noite. Mesmo já tendo assegurado a indicação, ele levou o Mississippi, um estado do sul. Teve 79% dos votos. Mike Huckabee, ex-governador do vizinho Arkansas, que não mais concorre, obteve 12%.

McCain garantiu mais 36 delegados para a convenção republicana.

Dream-Ticket?

Nesta semana Hillary Clinton sugeriu que Barack Obama poderia participar de sua chapa presidencial como candidato a vice.

A resposta de Obama foi irônica, com razão. Ele disse que é a primeira vez que o segundo colocado oferece ao líder a possibilidade de ser o candidato a vice.

Além do mais, Hillary tem enfatizado a falta de experiência de Obama para liderar o país. Se ela cogita o nome do Senador para concorrer a vice, pergunta-se, como um homem não é capaz de ser Presidente, mas capaz de ser vice?

Alguns já sugeriram que esta é uma amostra de desespero da Senadora.

Muitos sonham com este "Dream-Ticket", com uma mulher e um negro, ou vice versa, mas a chapa dos sonhos dos democratas, por enquanto, está longe de emplacar.

segunda-feira, março 10, 2008

Sobre o Mississippi

Hillary Clinton não está fazendo campanha no Mississippi. Ela esteve por lá na semana passada e Bill Clinton marcou presença na última sexta-feira. Agora ela está na Pennsylvania. Mas quem segue no sul, nas cidades de Columbus e Jackson, para garantir uma boa margem e abrir maior vantagem na liderança, é Barack Obama.

A pesquisa divulgada pelo American Research Group mostra Hillary com apenas 34% e Obama com 58%. Obama terá uma vitória arrasadora amanhã.

Ele prefere lutar por uma pequena vitória, em um estado com apenas 33 delegados e sete super-delegados. Ela segue na luta pelos estados grandes e a Pennsylvania é seu foco. Lá estarão em disputa 158 delegados. Aos eleitos somam-se os 29 super-delegados do Estado.

Mas a grande disputa pela Pennsylvania será somente dia 22 de março. Até lá existe o Mississippi, onde veremos mais uma demonstração da musculatura política de Barack Obama.

Depois de lá, sobram apenas mais 10 disputas.

Sete delegados a mais para Obama

Barack Obama pode celebrar a vitória no Wyoming. São sete delegados a mais em seu favor.

Hillary fez forte campanha no estado, para onde se deslocaram também sua filha Chelsea e o ex-presidente Bill Clinton. Sua equipe acreditou que o momento iniciado a partir de terça-feira pudesse criar uma onda a seu favor.

Não ocorreu. Em parte porque Wyoming usa o sistema de caucus ao invés de primárias, o que naturalmente favorece Barack Obama. Ele venceu em 13 estados que elegem seu candidato por meio de caucus e Hillary apenas alcançou êxito em apenas três.

Além disso, Wyoming fica em uma região que favoreceria Barack Obama, ou seja, perto de estados onde o senador já venceu, como Iowa, Utah, Colorado e Washington.

O resultado foi 61% para Obama e 38% para Hillary. Ele leva sete delegados, ela cinco. Porém, mais importante do que isso, ele evitou que Hillary começasse a criar uma onda em seu favor, com sucessivas vitórias.

As atenções se voltam agora para o Mississippi, onde Obama deve vencer por larga margem, especialmente impulsionado pelo voto negro do sul dos Estados Unidos.

sexta-feira, março 07, 2008

A opção do guerreiro pelo "longo prazo"

Ron Paul desistiu hoje de sua candidatura presidencial. Dr. Paul, como seus apoiadores gostam de chamá-lo, anunciou em um vídeo divulgado no You Tube que não mais concorre, mas que incentiva seus apoiadores a levar o máximo possível de delegados para Convenção. Muitos daqueles que acreditam nas idéias propagadas por ele ainda concorrem em vários distritos do país para chegar ao Congresso.

Vencer tem muitos significados. Inciar um processo, incitar a discussão, organizar grupos, levantar questões polêmicas. Dr. Paul fez tudo isso e foi, inclusive, ridicularizado pelos conservadores dentro do GOP. Mas enquanto uns colocavam sua fortuna pessoal em jogo e outros tinham dificuldade de levantar recursos, Dr. Paul bateu recordes diários de levantamento de fundos. Seus apoios vieram de pequenas doações, microempresários, da classe média, ou seja, doações individuais que chegaram aos milhões e milhões.

A campanha não decolou, mas Dr. Paul ocupou seu espaço e deu seu recado: Liberdades individuais, uma economia aberta e livre, defesa da propriedade privada e política externa não-intervencionista. Este é Dr. Paul, um autêntico libertário, em sua mais ampla forma, e talvez por isso os conservadores tenham um problema com ele.

Suas idéias agora serão publicados em um livro: "The Revolution, a Manifesto". Muitas vitórias foram alcançadas. Um movimento em prol da liberdade plena foi lançado e um processo de organização em prol dessas idéias, foi iniciado.

Para aqueles que desejam visitar o vídeo com as palavras do Dr. Ron Paul, podem acessar:
http://www.youtube.com/watch?v=Rk_vVaZxTno

"Eleições são esforços de curto prazo. Revoluções são projetos de longo prazo". Dr. Paul é um guerreiro e por isso tem a minha admiração e respeito. Sempre.

"Happy Feet"

Existem problemas demais para serem resolvidos na América. Por essas e outras pegou mal a dança do Presidente Bush enquanto esperava John McCain.

Barril de petróleo a US$ 105, dólar em baixa no mercado mundial, déficit nas contas do Estado, tropas no Iraque, economia em declínio, empregos desaparecendo, um congresso dominado pelos democratas depois de 12 anos e chances grandes de um adversário político chegar ao Salão Oval em alguns meses. Seriam motivos para um Presidente, líder maior também do Partido Republicano, dançar ou se preocupar? Pelos motivos expostos acima, acredito que a herança de sua administração, até em relação ao GOP, pode não ser das melhores.

A maioria dos conservadores está feliz porque Bush foi um guerreiro na defesa do valores morais. Mas só. Me pergunto: é suficiente? Melhor, é realmente relevante?

E a economia?

A alma da América é a economia, e ela inspira cuidados. Talvez por isso o Presidente tenha mudado a alegre dança por um pronunciamento sério e preocupado. Já não era sem tempo, mas infelizmente com um atraso preocupante.

quinta-feira, março 06, 2008

A Engrenagem da Esperança

É a primeira vez que a revista Rolling Stone apóia algum candidato, em especial em primárias. Barack Obama é capa da revista que chega amanhã nas bancas com o endosso à sua candidatura. A matéria, muito interessante, trata da engrenagem política por trás de Obama "(...)grass-roots field operation of Barack Obama" e como estas práticas poderiam mudar o modo como são pensadas as estratégias de campanhas polítcas nos Estados Unidos.

Para aqueles que desejam ler a matéria completa, aqui está o link: http://www.rollingstone.com/news/coverstory/19106326

A matemática contra Hillary

Muitos estão entusiasmados com a volta por cima de Hillary Clinton. Neste Blog fiz questão de mencionar, com admiração, as brilhantes vitórias desta terça, especialmente no Texas, onde ela conseguiu reverter uma situação de desvantagem.

Entretanto isto não quer dizer que ela tenha grandes chances de vitória. Minha opinião é de que ela conseguiu escapar da derrota final esta semana, mas a indicação ainda está muito longe, talvez fora do seu alcançe.

As próximas primárias serão no Wyoming neste sábado e logo depois no Mississippi, próxima terça. Dia 22 será a vez da batalha na Pennsylvania. Depois Guam, Indiana e Carolina do Norte. West Virgínia em 13 de maio e uma semana depois em Kentucky. Depois seguem os vizinhos Oregon, Montana e South Dakota. A última primária seria em Porto Rico.

Se Hillary vencer todos, teria "momento", mas talvez faltassem números. Se ela vencer em estados que claramente devem fornecer a Obama vitórias certas e robustas, como Mississippi, Indiana, Oregon e Carolina do Norte, e ainda ganhar (por margens razoáveis) os outros citados acima - ainda assim, ela não chegaria em vantagem na convenção democrata em Denver, Colorado.

Ficaria nas mãos dos super-delegados decidir o páreo. Eles poderiam virar o jogo, mas é improvável que ocorra. Inverter o resultado das primárias seria destruir a unidade do partido. Obama, neste caso, além de ter mais delegados, contaria certamente com uma pequena vantagem no voto popular. Inverter e jogar Hillary na cabeça de chapa seria suicídio eleitoral.

É matemática pura e simples, com um pouco de análise política, é claro, mas os números se movem na direção de Obama, em minha opinião, nem um esforço sobrenatural dos Clinton tira a indicação do senador por Illinois. A partir de agora, ele somente precisa administrar sua vantagem.

Obama divulga arrecadação

A campanha de Barack Obama acaba de divulgar a arrecadação oficial de fundos em fevereiro.

Chegou a US$ 55 milhões. Apostei em US$ 60 milhões. Era o que a análise dos fatos dizia. Cheguei perto em meu palpite. O valor mostra a força da sua candidatura.

Hillary divulgou, logo depois, que sua campanha já arrecadou mais US$ 3 milhões desde as vitórias no Texas, Ohio e Rhode Island.

quarta-feira, março 05, 2008

Bush apresenta apoio formal ao candidato McCain

Foi há pouco na Casa Branca. O Presidente George W. Bush apresentou seu apoio formal ao candidato John McCain, que ontem alcançou 1.226 delegados, somando as vitórias de Vermont, Rhode Island, Texas e Ohio.

Resta saber o peso de seu apoio político interno e externo. Apesar de ser impopular nacionalmente, Bush possui forte apoio da ala mais conservadora do Partido Republicano, exatamente aqueles que mais se opõe ao nome de McCain.

Bush e McCain representam alas opostas do mesmo partido e os partidários do atual Presidente possuem muita força atualmente no GOP.

E vocês não imaginam quantos conservadores da ala de Bush já disseram por aí que não votarão em McCain..

Ainda sobre os Democratas

No mapa político americano, a maioria dos estados possui uma tendência natural a votar com o Partido Republicano ou com o Partido Democrata. Por exemplo, Vermont, Califórnia, Massachussetts, entre outros, são de forte tendência Democrata. Já, Texas, Kansas, Arizona, entre outros, acabam quase sempre na conta dos Republicanos.

Outros estados são o que chamamos de "swinging states", ou seja, por vezes acompanham um ou outro partido, muitas vezes decidindo os rumos de uma eleição presidencial. Foi assim na Flórida em 2000 e no estado de Ohio em 2004.

Por isso a vitória de Hillary em Ohio tem um significado especial. Vencer por ali é importante. Ela também venceu na Flórida, mas perdeu em Wisconsin, ambos estados que variam de acordo com os ventos políticos. Falta, do bloco dos indecisos, a Pennsylvania. Se ela vencer por ali, como mostram as pesquisas, ela pode agregar mais um argumento em seu favor, o de que venceu primárias diputadas nos estados que importam, portanto, sendo capaz de entregar aos democratas exatamente aqueles que fazem toda a diferença.

Apesar de ainda acreditar que dificilmente Obama perde a indicação, Hillary continua no páreo e não está ali somente para marcar presença.

O Retorno de Hillary?

Existe uma vitoriosa na noite de ontem: Hillary Clinton. Sua vitória veio da superação, da volta por cima. Depois de estar perdendo no Texas, conseguiu virar o jogo e ganhar por estreita margem, o que eleitoralmente não diz muito, mas psicologicamente faz toda diferença.

Como previ, depois de conversar com algumas pessoas e ver o movimento das pesquisas, Hillary venceu em Rhode Island, Ohio e Texas.

Houve um perdedor na noite: Barack Obama. Sua derrota veio diretamente como resultado das vitórias de Hillary. Ele esperava liquidar a fatura na noite de ontem. Sem o Texas, ela balançaria, sem Ohio cairia. Mas a política opera de forma forma curiosa e na batalha travada nos dois estados, ela levou a melhor.

No dia seguinte volta-se ao jogo. Obama segue na liderança em número de delegados. Ele chegou aos 1.546 e ela aos 1.449. Nada mudou de forma absoluta e numérica, mas Hillary resgatou seu momento e mais importante do que isto, retirou-o das mãos de Obama. Este é o movimento político, que vai além dos números.

Nos movemos agora para Pennsylvania, onde ela também lidera, com 46%, contra 37% de Obama.

terça-feira, março 04, 2008

Hillary leva Ohio

Agora já é oficial. Hillary venceu em Ohio. Agora resta saber por quanto será sua vitória. Quanto mais melhor, quanto mais delegados ela levar, menor será a diferença para Barack Obama.

Além de Ohio, Hillary levou Rhode Island, como previ aqui. Vermont, seguindo a tendência de sempre, ficou com Barack Obama, como registrei hoje mais cedo. Todas as expectativas ficam agora no Texas, onde desde o início da apuração mostra empate pleno entre os dois, com pequena tendência para Hillary, mas tão tímida que não pode ser considerada como real.

Enquanto Hillary faz seu discurso na simpática cidade de Columbus, Ohio, neste momento, o público grita entusiasmado: "Yes, She Can", em clara resposta ao "Yes, We Can" de Obama.

Os resultados finais do Texas podem sair somente pela manhã, lembrando que ainda existem os caucus. Por enquanto Obama vence nas grandes áreas urbanas, como Dallas, Austin e Houston e Hillary em San Antonio, nas grandes áreas rurais, norte e oeste, como El Paso, e na fronteira com o México.

E Huckabee finalmente desiste

"Eu preferia perder estas eleições do que os princípios que me trouxeram até aqui". Huckabee finalmente desistiu de tentar a indicação depois de perder os quatro estados em disputa nesta noite: Texas, Ohio, Vermont e Rhode Island.

As esperanças de Huckabee residiam no Texas. Ele esperava surpreender com os votos do Leste, na fronteira com os estados do Sul, como o seu Arkansas. Não foi possível.

Agora o GOP pode concentrar suas forças naquele que, desde a desistência de Romney, é verdadeiramente o candidato, John McCain.

McCain alcança 1.191 delegados e será o candidato Republicano

McCain discursa neste momento. Finalmente chegou ao número de 1.191 delegados e será o candidato do partido. Ele venceu no Texas, Ohio, Vermont e Rhode Island.

Não faz um discurso emocional, como é de costume, mas tem seu carisma habitual. Toca nos pontos principais, ou seja, saúde, dependência do petróleo, diminuição da carga de impostos, do tamanho do governo e menos regulação.

O mais bonito é enxergar a volta por cima de McCain. Ele mostrou que em política, como dizia Churchill, é possível morrer muitas vezes, e renascer logo depois.

Agora chegará a parte mais difícil. A verdadeira campanha a caminho da Casa Branca.

Para além do Texas: Vermont, Rhode Island e Ohio

A maioria dos 15 delegados de Vermont devem ir mesmo para Barack Obama. Isto garante sua primeira vitória na noite de hoje. As pesquisas mostram uma vantagem entre 14% e 24%. Deve vencer com folga.

Enquanto isso, Rhode Island, e um pouco mais da metade de seus 32 delegados, tendem a ir para Hillary Clinton. Lá ela lidera as pesquisas com uma margem entre 5% e 10%. Números perigosos para gantantir sua vitória, mas que pela tendência deve se concretizar.

Ohio tende para Hillary, que ganhou fôlego na reta final, mas também com uma margem estreita. Apostaria em algo entre 5% e 10%, no melhor cenário para a Senadora. Assm, ela levaria estreita vantagem nos 161 delegados em disputa.

Se ela mantiver a vantagem no Texas, onde 226 delegados estão em disputa, de virada nas pesquisas, como é mostrado hoje, pode recuperar-se na soma geral, somando alguns valiosos pontos que deixariam sua candidatura viva.

A tendência no momento é: Texas, Ohio e Rhode Island para Hillary, mesmo que por margem estreita, e Vermont para Obama. Se isto se concretizar, ela volta a respirar e retira o "momento" político das mãos de Barack Obama. Para ela, melhor impossível, mas não desprezem a capacidade dele virar o jogo ainda nessas horas que restam.

Hillary vira o jogo no Texas?

Quando o jogo parecia definido no Texas, Hillary parece encontrar um último fôlego para tentar ainda se manter na disputa.

As principais pesquisas mostram uma recuperação de Hillary nos últimos minutos. Vejam só:

RCP Average: Hillary (47.4) X Obama (45.7).
Reuters/CSpan/Zogby: Hillary (47.0) X Obama (44.0)
Rasmussen: Hillary (47.0) X Obama (48.0)
InsiderAdvantage: Hillary (49.0) X Obama (44.0)
PPP(D): Hillary (50.0) X Obama (44.0)
SurveyUSA: Hillary (48.0) X Obama (49.0)
WFAA/Belo Tracking: Hillary (46.0) X Obama (45.0)
M-D/Star-Telegram: Hillary (45.0) X Obama (46.0)

A maioria das pesquisas que encerraram ontem mostram Hillary com uma pequena diferença, em especial vantagem na InsiderAdvantage e PPP (D), entre 5% e 6%. Ela precisa cuidar-se para levar uma surra nos caucus do Texas, onde Obama leva vantagem. Este é o único ponto fraco onde ela pode ainda tropeçar.

O que fica provado é um movimento de recuperação de Hillary, em especial no Texas. Mas como disse aqui, além de vencer, ela precisa vencer bem, para descontar a vantagem de delegados pró-Obama que existe atualmente. Isto ainda é difícil.