terça-feira, dezembro 08, 2009

COP15 e as promessas de sempre

Declarações políticas são meras cartas de intenções. A conferência sobre mudança climática em Copenhague possui o mérito de chamar a atenção para o problema e inserir dentro de um mesmo ambiente líderes mundiais com o simples objetivo de discutir questões relativas ao clima e ao futuro do planeta. Entretanto, a falha está na possibilidade de implementação das políticas moldadas nestas reuniões.

O ponto central reside nas políticas de diminuição das emissões de carbono, algo que remonta a tempos antigos, mais precisamente na reunião de cúpula sobre a matéria no Rio de Janeiro, em 1992. De lá para cá foram diversas cartas de boas intenções, muitas promessas e pouco efetivamente realizado.

O problema neste campo não é meramente político, mas também econômico. As políticas atuais de diminuição das emissões de carbono não são viáveis economicamente a ponto de o mundo continuar, no mesmo ritmo atual, a gerar o desenvolvimento necessário para retirar milhões de pessoas da pobreza. Este é apenas um dos argumentos. Perguntem a Índia e China o que pensam sobre o assunto.

Além do mais, as políticas alternativas de energia não suprem de forma satisfatória a demanda atual e ficarão ainda mais defasadas no futuro. A diminuição das emissões de carbono depende diretamente do incremento de formas alternativas de energia, que atualmente são caras e ineficientes. E continuará assim. Países, como o Japão, aplaudidos por alegar que baixarão as emissões em 25%, sabem que suas projeções são irreais.

Diminuir as emissões de carbono é fundamental e constitui-se no principal pilar da conferência sobre o clima. As respostas até o momento são inviáveis nos campos tecnológico, politico e econômico, como lembrou Bjørn Lomborg em artigo na Der Spiegel. Ele está certo. Os políticos podem fazer promessas, mas certamente estas não serão cumpridas mais uma vez. O planeta certamente não agradece, assim como as gerações futuras.

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