sexta-feira, dezembro 11, 2009

Chile: Piñera e Frei no segundo turno

Eduardo Frei, candidato da Concertación, chega nos últimos dias que antecedem a eleição, com 31% dos votos. O ex-Presidente (e agora candidato) não conseguiu transformar a aprovação de 80% do governo de sua aliada Bachelet em intenções de voto até o momento.

Do outro lado, o empresário Sebastian Piñera parece caminhar tranquilamente para o segundo turno, trazendo na bagagem 44% das intenções de voto. Ao contrário de Joaquim Lavín, que tinha tudo para vencer Lagos no pleito de 1999, tudo indica que Piñera irá confirmar a tendência e ser eleito no segundo turno.

Ominami que parecia surgir, em princípio, como uma terceira alternativa, não vingou como candidato viável e deve terminar em terceiro lugar, na faixa dos 20%. Para um provável segundo turno, devem passar Piñera, um pouco além dos 40% e Frei por volta dos 30%.

A Concertacíon vem perdendo espaço. Nas primeiras eleições pós Pinochet, Alwin obteve com 55,17%. Em 1993 Frei venceu com tranquilidade, chegando a 57,99% ainda no primeiro turno. Em 1999, depois de um empate no primeiro turno, Lagos venceu Lavín por estreita margem no segundo turno, alcançando 51,31%. Bachelet também enfrentou um segundo turno, desta vez contra Piñera, e venceu com 54,50%.

Com a exceção da eleição Lagos X Lavín, esta é a primeira vez que os partidos conservadores chegam com reais chances de vitória. A Coalición por el Cambio de Piñera, aliança da Unión Demócrata Independiente (UDI), Renovacíon Nacional e Chile Primero, por projeções e tendências, deve ultrapassar os 50% no segundo turno e vencer a eleição.

Um marco na política chilena, com o amadurecimento das instituições democráticas, está sendo escrito. Mas, antes disso, o primeiro turno, que acontece neste final de semana.

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